quinta-feira, 7 de novembro de 2024
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SES-DF vacina pacientes em condições clínicas especiais contra HPV

Ação também imuniza crianças e adolescentes; no público infantojuvenil, adesão é menor entre os meninos

A vacinação é o meio mais seguro e eficaz de se prevenir contra a infecção do papilomavírus humano (HPV). A rede pública de saúde do Distrito Federal atua conforme as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para imunizar a população. Crianças e pré-adolescentes de 9 a 14 anos seguem o esquema de duas doses e intervalo recomendado de seis meses entre a primeira e a segunda administração da vacina.

No DF, a cobertura vacinal entre as meninas é maior que no público masculino. De acordo com a gerente da Rede de Frio da Secretaria de Saúde (SES), Tereza Pereira, desde o início de 2023, a cobertura vacinal da segunda dose foi administrada em 56,6% das meninas e somente em 25,6% dos meninos. Ela alerta para a importância da administração das doses: “A vacina tem o potencial de prevenir casos de câncer relacionados ao vírus e pode reduzir a ocorrência de verrugas genitais e lesões pré-cancerosas no pênis, ânus, vulva e vagina”.

A enfermeira Ligiane Seles, 46, já tem o hábito de manter atualizado o cartão de vacina do filho, Caio Seles, 15. O adolescente tomou as duas doses contra o HPV. “A primeira foi aplicada quando ele tinha 12 anos, no primeiro semestre de 2020, e a segunda dose, com 13 anos. A única coisa que ele relatou foi dor no local da aplicação, e não teve nenhuma reação após a vacinação”, conta.

Homens e mulheres de 9 a 45 anos que possuem o HIV/Aids, indivíduos transplantados de órgãos ou medula óssea, pacientes oncológicos ou imunossuprimidos também devem ser imunizados. Nesses casos, é necessária a prescrição médica para a aplicação da vacina na rede pública. Para essas pessoas, o esquema vacinal será de três doses, e o intervalo mínimo entre a primeira e a segunda é de 30 dias. Já entre a segunda e a terceira dose, é de 90 dias. O imunizante é contraindicado para gestantes e alérgicos aos componentes da vacina.

Onde tomar a vacina?

“O contato genital, pele a pele, é um modo de transmissão reconhecido. É importante que as mulheres façam o exame Papanicolau regularmente, pois ele permite identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero”Fabyanne Borges, ginecologista da SES

Para auxiliar na prevenção, a SES oferece a vacina quadrivalente, que protege contra os vírus dos tipos 6, 11, 16 e 18, para meninos e meninas de 9 a 14 anos, em todas as unidades básicas de saúde (UBSs) da capital. A lista dos locais de vacina está disponível aqui.

Os indivíduos que fazem parte do grupo de imunobiológicos especiais serão vacinados nas unidades do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (Crie), distribuídas entre Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Hospital Regional da Ceilândia (HRC), Hospital Regional do Gama (HRG), Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), Hospital Regional de Planaltina (HRP) e Hospital Regional de Taguatinga (HRT).

HPV

O HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST). Trata-se de um vírus capaz de infectar tanto a pele quanto a mucosa oral, genital e anal de homens e mulheres, provocando verrugas ou lesões que podem evoluir para um câncer, como de colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e orofaringe.

A principal forma de transmissão desse vírus ocorre por meio de relações sexuais, mas também pode haver o contágio sem penetração desprotegida, como explica a ginecologista Fabyanne Borges, da SES. “O contato genital, pele a pele, é um modo de transmissão reconhecido. É importante que as mulheres façam o exame Papanicolau regularmente, pois ele permite identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero”, alerta.

A médica afirma ainda que, na maioria dos casos, os portadores de HPV não apresentam nenhum sintoma, mas podem infectar outros indivíduos. Segundo a profissional, a baixa imunidade pode provocar a multiplicação do vírus e, consequentemente, o aparecimento de lesões. Segundo o Ministério da Saúde, as primeiras manifestações do HPV surgem entre, aproximadamente, dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção.

*Com informações da Secretaria de Saúde

Por Agência Brasília

Foto: Tony Winston/ Agência Saúde / Reprodução Agência Brasília

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