segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
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Mercado imobiliário do DF tem perspectiva positiva para 2023

O indicador da pesquisa IVV, do Sinduscon em parceria com a Ademi, fechou em 5,7% e está acima da média

Segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), a capital federal começou o ano de 2023 com uma boa oferta de empreendimentos: 4.726 imóveis e 418 unidades residenciais. Os números são da pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV), que apontou um “desempenho estável” nesse cenário no primeiro mês do ano, em que, tradicionalmente, é marcado por uma menor atividade. O indicador de janeiro fechou em 5,7% e mostra a “sazonalidade” do setor, de acordo com Eduardo Aroeira, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF).

De acordo com os integrantes da categoria, a velocidade das vendas em janeiro de 2023 indica que o ano pode ser positivo para o mercado imobiliário. Na visão da Ademi-DF, a dinâmica do mercado em janeiro reflete os “efeitos da incerteza gerada pelo início de um novo governo no plano federal” e os desdobramentos dos atos antidemocráticos registrados em Brasília, contudo, tende a se normalizar porque muitos procuram por um investimento seguro e rentável. “É importante destacar que, a despeito dessa conjuntura, mantivemos desempenho positivo, confirmando o desejo das pessoas por sua casa própria”, comentou Aroeira.

O levantamento IVV é realizado pela empresa Opinião Informação Estratégica, e se caracteriza como uma sondagem mensal que funciona como termômetro do mercado imobiliário, além de medir o ritmo de venda das empresas. Os dados são coletados junto às construtoras e incorporadoras representativas da capital da República. Quando o indicador fica acima de 5%, o mercado está saudável e “demonstra expansão acelerada na transação de imóveis”. Segundo os dados da pesquisa, as regiões do Recanto das Emas, Águas Claras e Planaltina registraram o maior volume de vendas no mês de janeiro.

A pandemia de covid-19 também impactou o mercado imobiliário, porém, ao Jornal de Brasília, Eduardo Aroeira explicou que foi um impacto positivo. “Aquele período as pessoas precisavam muito ficar em casa, em isolamento social, fez com que essas pessoas percebessem a importância do imóvel para a qualidade de vida delas. Buscaram imóveis maiores, com varanda, coberturas, etc”, contou. “Em 2022 batemos recorde de vendas e de lançamentos, e acreditamos que essa marca mostra que a percepção da importância do imóvel na vida das pessoas permanece.

Alguns fatores podem ter ajudado o mercado a crescer desde então, como a queda na taxa de juros – cerca de 8,5% atualmente – que consequentemente incentiva os consumidores porque fica mais barato comprar uma casa ou um apartamento. As eleições do ano passado também influenciaram os números: “Foram meses de turbulência política e econômica. No DF, historicamente o imóvel sempre foi um porto seguro, já que possui uma boa estabilidade e rentabilidade. Então em momentos de turbulência as pessoas procuram o imóvel como um tipo de investimento”, argumentou o presidente da Ademi.

Conforme apontam dados da Associação Brasileiras de Empresas de Crédito Imobiliário a valorização do imóvel no Distrito Federal foi a maior entre as capitais do Brasil, com índice de 16,77% contra 15,06% da média nacional. Para quem quer adquirir seu imóvel próprio e aproveitar o bom cenário, o importante é pesquisar: “Tem que olhar qual imóvel atende o comprador e seus interesses. Com o mercado aquecido, existem várias ofertas. Também recomendo pesquisar sobre as empresas, seu histórico e o atendimento aos clientes, porque essa é uma decisão muito séria”, destacou Aroeira.

Para todo o ano de 2023 a expectativa do setor é positiva, portanto, existem políticas econômicas que ainda serão definidas pelo governo federal que merecem atenção, pois impactam diretamente a taxa Selic. “Isso pode afetar as taxas de financiamento imobiliário, porém o ano deve ser muito bom uma vez que as taxas de juros se encontram em um baixo patamar, com relação ao histórico desses números”, finalizou Eduardo Aroeira.

Em âmbito nacional

Desde o ano de 2021, o mercado imobiliário tem registrado um aumento nas vendas e lançamento. Naquele ano, o setor teve um crescimento de 25,9% no lançamento de imóveis e de 12,8% nas vendas em comparação com 2020, ano em que a pandemia de covid-19 chegou ao DF. Já em 2022, o mercado registrou um aumento de 42% nos lançamentos em comparação com 2021.

Por Redação do Jornal de Brasília

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Reprodução Agência Brasília

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