O governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB), publicou, neste sábado (18/02), um comunicado onde pede que atos em apoio a ele não sejam realizados. O mandatário foi afastado de suas funções por 90 dias depois dos ataques à democracia no dia 8 de janeiro, ocasião em que bolsonaristas radicais invadiram o Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso Nacional e Praça dos Três Poderes.
A decisão, inicialmente tomada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, foi confirmada em votação posterior dos demais ministros, e se apoia no afastamento de Ibaneis para que as ações de segurança tomadas por ele, contra a força golpista, sejam apuradas. A hipótese é de que pode ter havido conivência da parte das forças policiais do DF e o exército. Ibaneis afirma que recebeu mensagens desencontradas sobre a real gravidade do ato.
No comunicado, Ibaneis disse que acredita na justiça e que segue aguardando a resolução do caso. “Em respeito à Justiça e para não atrapalhar o curso das investigações sobre os condenáveis atos verificados no dia 8 de janeiro, tenho evitado me manifestar”, iniciou.
“Continuo aguardando com serenidade a conclusão de todo o processo, confiando na decisão final do poder Judiciário. Peço a todos os brasilienses que também aguardem com paciência e calma. Tenho visto que algumas pessoas querem preparar atos públicos em apoio a mim, mas peço que não o façam, que confiem na justiça como eu confio e que aguardem a apuração dos fatos com a calma e serenidade que o momento exige”, prosseguiu.
“Agradeço todas as mensagens de apoio, mas peço encarecidamente que sejam evitados quaisquer atos públicos”, finalizou Ibaneis.
Durante sua ausência, a vice-governadora, e agora governadora interina, Celina Leão (PP), assumiu o cargo.
Por Evellyn Lychetta do Jornal de Brasília
Foto: Renato Alves/Agência Brasília / Reprodução Jornal de Brasília