Em solenidade no Parque Tecnológico de Brasília – BIOTIC, autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF) celebraram o marco zero do programa Centelha DF, que visa estimular a criação de empreendimentos inovadores e disseminar a cultura empreendedora da capital federal. “Brasília possui um ambiente totalmente favorável. É possível trabalhar esse nosso espaço de maneira que incentive e traga para nossa cidade ainda mais investimentos”, contou o secretário de Governo, José Humberto. O programa teve mais de mil inscrições com a submissão de 331 ideias, que surgiram de 88% das regiões administrativas da capital.
De acordo com Izídio Santos, presidente da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), a empresa investe no fomento desse ecossistema para trazer novas oportunidades às pessoas que estão adentrando o mercado de trabalho, principalmente na área da tecnologia. Participaram ainda da solenidade o diretor-presidente da Biotic, Gustavo Dias Henrique, o presidente da Fundação de Apoio a Pesquisa do DF (FAP-DF), Marco Antônio Costa Júnior, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), Gustavo Carvalho Amaral e outros representantes.
No Distrito Federal, o programa funciona no Parque Tecnológico de Brasília – BIOTIC, onde autoridades se reuniram para comemorar a ocasião. Na capital, o projeto é executado também pela FAP, pela Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e pelo GDF. O Centelha já existe em outros 19 estados do país e chegou a Brasília em 2021, quando abriu seu primeiro edital para a seleção das primeiras 28 startups. O investimento previsto para essa primeira edição é estimado em R$1,6 milhão, sendo que os projetos aprovados podem ser contemplados com até R$60 mil em subvenção, além de outros benefícios. Na cerimônia de ontem, o empreendedor Erick Damasceno foi um dos agraciados.
Em 2021, as startups já haviam sido selecionadas, mas por motivos desconhecidos, o marco zero do programa só aconteceu em 2023. Naquela época, o ex-vice-governador do DF, Paco Britto, – hoje secretário de Relações Internacionais – ressaltou que a iniciativa era simbólica diante a retomada da “vida normal” após o período crítico da pandemia, porque nesse cenário, a inovação e o empreendedorismo são fundamentais. No Brasil todo, até 2021, mais de 15 mil ideias foram apresentadas, por 38 mil empreendedores e suas equipes, sendo que, em torno de 500 ideias saíram do papel e se tornaram realidade.
O programa oferece cursos de capacitação, recursos financeiros e suporte profissional para transformar grandes ideias em negócios de sucesso. A iniciativa é promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap), e Fundação CERTI. Conta ainda com parceiros como a Associação Bring, a União Brasileira de Educação Católica (UBEC), o Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese-DF), a Fibra, o Instituto Sabin e outros.
Como funciona:
O Centelha DF recebe propostas de pessoas físicas coordenadoras de projeto que, se aprovadas, devem constituir uma Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte com sede no DF para contratação e recebimentos dos recursos financeiro, ou ainda de pessoas físicas que possuam vínculo como proprietário ou sócio proprietário de Microempresa ou Empresa de Pequeno Porte com sede no DF, com data de constituição em até 12 meses anteriores à publicação do edital. Os participantes podem submeter quantas ideias quiserem, mas apenas aquela com maior pontuação que passa para a próxima fase. Cada ideia é avaliada por dois especialistas homologados pelo Comitê Gestor.
Por Redação do Jornal de Brasília Foto: Renato Alves/Agência Brasília / Reprodução Jornal de Brasília