segunda-feira, 2 de dezembro de 2024
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Como funciona a lista de transplantes de órgãos do SUS

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo

A necessidade do apresentador Faustão de passar por uma cirurgia de emergência após agravamento do caso de insuficiência cardíaca trouxe à tona um assunto muito importante: como funciona a lista de transplante de órgãos do Sistema Único de Saúde? E por que o Faustão conseguiu um coração novo tão rápido?

Segundo boletim divulgado pelo Hospital Albert Einstein, onde Faustão está internado, a cirurgia foi realizada ainda ontem (27), e ele segue hospitalizado.

Apesar de a lista funcionar por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada, também é necessário levar em conta outros pontos na hora do transplante de órgãos, como a gravidade do quadro, o tipo sanguíneo, o porte físico do paciente, a distância geográfica e o tempo de isquemia. Com um quadro considerado grave, o apresentador entrou na fila de prioridade para receber o novo coração.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil possui o maior programa público de transplante de órgãos, tecidos e células do mundo, mas o grande volume de procedimentos faz com que a quantidade de pessoas ainda precise passar por uma lista de espera.

Confira como funciona o processo:

O primeiro passo é que o médico responsável cadastre o paciente na lista única de transplantes;

A lista é gerida e organizada pela Secretaria Nacional de Transplantes, do Ministério da Saúde;

A lista funciona por ordem cronológica de cadastro, ou seja, por ordem de chegada;

Os pacientes que estão na fila são classificados de acordo com as necessidades médicas;

Entre os tópicos de classificação estão o órgão que o receptor precisa, qual o estágio de gravidade da doença, qual o tipo sanguíneo e outras especificações técnicas;

A compatibilidade genética também é um fator importante na decisão de quem receberá o órgão;

Outro fator fundamental é a localização porque é preciso levar em conta o tempo de isquemia, que é o tempo de duração deste órgão fora do corpo;

O tempo de isquemia, inclusive, determina que se um carro ou avião será usado para o transplante, com custos arcados pelo SUS;

Além das particularidades, entre os fatores de desempate estão a gravidade da doença e crianças, que são prioridade tanto em caso de o doador ser uma criança como quando concorrem diretamente com adultos.

Por Camila Bairros do Jornal de Brasília

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil / Reprodução Jornal de Brasília

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