19.5 C
Brasília
terça-feira, abril 22, 2025

Outros posts

Morre o papa Francisco, aos 88 anos

Primeiro a gente começa, depois a gente melhora

Paisagem e identidade em Niemeyer

Calderano vence chinês número 1 do tênis de mesa e conquista Copa do Mundo

A medalha não veio nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, mas Hugo Calderano precisou...

A medalha não veio nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, mas Hugo Calderano precisou de menos de um ano depois da Olimpíada da França para iniciar o ciclo rumo a Los Angeles-2028 com autoridade. Na manhã deste domingo, noite em Macau, o mesatenista número 5 do mundo conquistou o título da Copa do Mundo ao derrotar o chinês Lin Shidong de virada por 4 sets a 1, com parciais de 6/11, 11/7, 11/9, 11/4 e 11/5. Jamais um atleta de fora da Ásia ou da Europa havia subido ao degrau mais alto do pódio no torneio.

Emocionado, Calderano comentou o resultado depois do triunfo. “Eu não sei, é maluco falar sobre isso. Antes do torneio, eu não poderia imaginar. É claro que estou muito feliz pelo título. Ganhar de adversários tão fortes e agora do número 1 do mundo é algo doido para mim. Coloquei meu nome na história do tênis de mesa”, afirmou Hugo Calderano.

Recuperado mentalmente do baque em Paris, quando foi eliminado na semifinal e perdeu a disputa do bronze, Calderano falou tranquilamente sobre a frustração compensada com o título da Copa do Mundo, em Macau. “É muito importante ganhar um título como esse, principalmente depois dos Jogos Olímpicos. Eu sempre trabalhei muito e acreditei e mim. Se você falasse comigo há um mês, eu estava muito mal. Queria agradecer todo mundo pelo apoio, sempre leio as mensagens, fico muito grato pelo apoio que tenho dos meus amigos e da minha família no Brasil”, avaliou o mesatenista, chorando.

Hugo Calderano jogou-se no chão depois do match point, repetindo o que havia feito depois de superar o também chinês Wang Chuqin nas semifinais. A fisionomia era de incredulidade diante do resultado.

Aos 28 anos, o carioca Calderano derrubou todos os favoritos e não foi diferente com o jovem chinês. Frio, técnico e agressivo, o carioca de 28 anos atropelou o rival líder do ranking com uma apresentação magistral e fez Shidong parecer uma mesatenista comum.

“Não imagina ganhar do número 3, do número 2, do número 1. É muito louco para mim colocar meu nome na história do tênis de mesa mundial”, afirmou o brasileiro, ainda espantado com a conquista. “Mas trabalhei muito, sempre acreditei em mim”, completou, antes de dar uma pausa para chorar.

Calderano disse que viu todas as mensagens de apoio e se emocionou ao lembrar que há poucos meses ainda estava mal e tentando se reerguer por não ter conquistado uma medalha na Olimpíada de Paris, na qual parou nas semifinais.

Como habitual, Calderano reagiu dentro da partida. Não começou bem o primeiro set e foi dominado pelo chinês, que deu o ritmo das trocas, e fechou em 11/6. Se reergueu na segunda parcial e deixou o número 1 do mundo desconfortável. Seus saques começaram a encaixar e o brasileiro passou a controlar os pontos até fechar a parcial com certa tranquilidade, por 11/7, e empatar a partida.

Seguiu melhor o carioca no duelo, tanto que abriu 3 a 0 no terceiro set. Mas o rival subiu de nível, se aproximou e liderou o placar. No entanto, Calderano, em um jogo de alternâncias, encontrou forças para virar e fechar o set mais equilibrado da partida em 11/9.

Na quarta parcial, Calderano se soltou, foi dominante desde o início e atropelou o chinês, deixando o oponente acuado e perdido. A exibição magistral do brasileiro garantiu que fechasse o set com bastante tranquilidade, em 11/4.

A ansiedade fez o brasileiro baixar o nível no quinto set e ver o chinês dominar o início da parcial. O pedido de tempo, porém, fez bem a Calderano, que se recompôs, voltou a liderar o placar, abriu vantagem e confirmou a vitória e o título histórico na China que pôs o Brasil no topo do tênis de mesa.

Por Marcos Paulo Lima do Correio Braziliense

Foto: Divulgação/ITTF / Reprodução Correio Braziliense

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp