O Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF) e o Governo do Distrito Federal (GDF) fizeram uma reunião na manhã de ontem, no Palácio do Buriti, para dar início às negociações que buscam a reestruturação de carreira da categoria, contudo, não houve acordo. Com isso, a greve dos professores continua no DF e nessa quinta-feira (11) completa-se uma semana desde o início da paralisação. Segundo as informações do Sinpro, o governo local apresentou um quadro de limitações orçamentárias e marcou outra reunião para quarta-feira da semana que vem, dia 17 de maio.
De acordo com o presidente do sindicato dos professores, Samuel Fernandes, a categoria apresentou diversos pontos que precisam de avanço dentro da reestruturação e com isso, o governo se comprometeu a apresentar uma nova proposta na próxima reunião. O encontro de ontem foi articulado por parlamentares da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e contou com representantes de secretarias de Estado do GDF e da Comissão de Negociação do Sinpro – formada por cinco diretores e cinco representantes da base que compõem o Comando de Greve.
“Nossa expectativa é que o GDF tenha prioridade sobre a nossa proposta. Nós valorizamos o diálogo, sempre optamos pela negociação, mas não abrimos mão de avançar”, contou Luciana Custódio, diretora do Sinpro-DF. Os professores organizaram ainda uma Assembléia Geral para essa quinta-feira (11), às 9h30, no estacionamento da Funarte, para discutir as próximas ações da greve. Para uma maior participação de professores e orientadores, o Sinpro-DF disponibilizou ônibus que sairão de várias regiões administrativas da capital.
Por outro lado, o governador Ibaneis Rocha (MDB) mantém a afirmação de que o reajuste salarial de 18% concedido aos servidores públicos do DF já engloba os professores, e que a gestão não tem como providenciar outros aumentos no momento. Para tentar cessar a greve, o emedebista entrou com uma ação na Justiça, que decidiu pelo retorno dos professores ao trabalho, apesar disso, a categoria não retornou e com isso, devem pagar uma multa de R$300 mil por dia de descumprimento, além do corte de ponto dos professores que aderiram à greve.
Por Elisa Costa do Jornal de Brasília
Foto: Reprodução Jornal de Brasília