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Projeto Pró-Comunidade oferece qualificação gratuita em Ceilândia

Gente que busca se especializar na área, mas não tem condições de pagar...

Gente que busca se especializar na área, mas não tem condições de pagar um curso. Gente que deseja uma mudança nos rumos profissionais. Gente que já tem o conhecimento, só que nunca obteve uma certificação. Foi para atender essas e outras pessoas que o Pró-Comunidade nasceu. O projeto, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda (Sedet), oferece capacitação gratuita nas áreas de beleza e estética, e de panificação e confeitaria.

A iniciativa, executada em parceria com o Instituto do Carinho, em Ceilândia, nasceu no ano passado com três turmas relacionadas à panificação. A capacitação tem uma carga horária total de 160h, com aulas nos turnos matutino, das 8h30 às 12h30, e vespertino, das 13h30 às 17h30. Os cursos ligados a beleza e estética chegaram em 2025. O primeiro ciclo já foi concluído e o segundo está em andamento.

Gabryella Carvalho, 25 anos, participou dos dois. “Fiz o curso de maquiadora e, atualmente, estou fazendo o de alongamento de unha”, conta. “Gosto muito de maquiagem, me identifico muito. Entrei com o intuito mais de saber me maquiar, não de trabalhar. Mas, durante o curso, vi que era uma oportunidade muito grande para começar nesse ramo e estou tentando. Sou dona de casa, não trabalho, fico cuidando das minhas filhas e é uma renda extra.”

O objetivo do projeto é esse mesmo: oferecer qualificação profissional gratuita, ampliando as oportunidades no mercado de trabalho para a população. “O Pró-Comunidade é um programa que abre um novo horizonte de oportunidades para os cidadãos da Ceilândia. Seja ao aprofundar conhecimentos em novas áreas ou ao investir de forma profissional em um novo negócio, essa iniciativa promove independência, renova sonhos e reacende a esperança”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, Thales Mendes.

Reacender a esperança talvez seja a definição exata do que aconteceu com Daniela Félix, 25. “Fiz o curso de barbearia e gostei demais. Foi um divisor de águas na minha vida”, lembra. “O machismo ainda pega muito, mas eu acreditei no meu potencial e hoje eu trabalho na área”, acrescenta. Tudo isso graças ao projeto, que é gratuito: “A intenção era me profissionalizar na área, porém eu só achava cursos caros. E a realidade, no momento, era a de que eu não podia pagar um valor alto, porque sou mãe de um bebê e estou voltando para o mercado agora”.

Assim como ela, cerca de 300 pessoas já buscaram a capacitação no Pró-Comunidade. Enize Marques, 40, por exemplo, já tinha o próprio negócio de doces antes. Mas aperfeiçoou sua prática no curso de panificação, que conheceu por acaso. “Eu já conhecia o instituto, vim doar umas encomendas de caixas de Páscoa no ano passado e me perguntaram se eu conhecia o Pró-Comunidade. Me inscrevi, saí na segunda chamada e comecei. Foi muito gratificante, conheci pessoas. Eu estava muito dentro de casa, meio depressiva e o curso trouxe uma nova Enize”, relata.

“Eu já era empreendedora, queria me aperfeiçoar. Era um projeto que eu achei que não me enquadrava. Mas me inscrevi, conheci e me apaixonei. Quando você vê que o seu trabalho impacta as pessoas e traz uma doçura para a vida delas… é um diferencial”, completa Enize.

E o impacto não é restrito aos participantes. Os cursos — atendendo ao nome do projeto — acabam por beneficiar toda a comunidade. “De vez em quando a gente precisa de um coffee break ou então de alguma empresa parceira e já sabemos quem procurar ou indicar. E isso é muito legal, a gente realmente pode indicar, porque eles vêm e trazem o produto”, enfatiza a vice-presidente do Instituto do Carinho, Ana Laura Mazzei. “É maravilhoso. A gente consegue ver claramente a diferença que está fazendo na comunidade”, arremata.

Por Revista Plano B

Fonte Agência Brasília

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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