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Levantamento do Ministério da Saúde mostra aumento de atendimento para anorexia nervosa

Segundo levantamento demonstrativo do Ministério da Saúde, o número de atendimentos para anorexia nervosa passou...

Segundo levantamento demonstrativo do Ministério da Saúde, o número de atendimentos para anorexia nervosa passou de 352 para 683 entre 2020 e 2024. O aumento na quantidade de assistências ambulatoriais e hospitalares mostra a busca por tratamento em centros médicos.

A anorexia nervosa tem como principais sintomas a rejeição à alimentação e perda excessiva de peso corporal. O problema está associado à dismorfia corporal, uma percepção distorcida da própria imagem. Pessoas que convivem com a doença enxergam-se com medidas maiores do que as reais. 

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, os atendimentos para bulimia também aumentaram. No período de 2020 a 2024, os números foram: 101, 113, 179, 164 e 183, respectivamente. O paciente com esse problema pode enfrentar episódios de compulsão alimentar, por esse motivo, provoca vômitos e ingere laxantes após as refeições para não engordar. Diferente da anorexia nervosa, o indivíduo com bulimia tem o peso corporal próximo do adequado.

Ao Correio, a psiquiatra do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) Dra. Maria Júlia Francischetto explica o quanto o diagnóstico do transtorno é difícil. “Muitas vezes, um paciente pode passar por diversos profissionais e receber diagnósticos diferentes. Mas por que isso acontece? Porque a gente não tem exatidão. A gente trabalha com o ser humano, com o que ele fala e com o que a gente escuta. E muitas vezes, entre o falar, entender e escutar, acontece aí uma coisa mágica, né? Que a gente não tem uma coisa precisa”, detalha.

A supervalorização da magreza estética contribui para o aumento de casos de distúrbios alimentares. De acordo com a psiquiatra, além das redes sociais existem outras pressões capazes de colaborar com o transtorno alimentar: “Existem outras questões, de saúde mental mesmo ou talvez física que possam influenciar nessas coisas, talvez algum paciente que já tinha alguma fragilidade ali, pode entrar mais facilmente em algo como esse transtorno. Então, o transtorno acaba sendo sintomatologia”, explica.

A especialista ainda alerta para a importância de procurar ajuda e passar pelo tratamento: “Ele (o diagnóstico) é um fio condutor para a gente propor uma intervenção, um tratamento, uma ajuda medicamentosa ou não para aquele indivíduo, assim, para aquele sofrimento”, enfatiza.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense       

Foto: Elena Leya via Unsplash

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