Fantasias políticas deram o tom do Carnaval no bloco Tarado Ni Você, que atravessou o centro de São Paulo na manhã deste sábado (18/02).
A assessora Caroline Barros, de 28 anos, foi fantasiada combinando com o namorado, Elias Moreira, de 29 anos, com plaquinhas que se completavam.
No peito dele, os dizeres: “mamando nas tetas do governo”. No dela, “governo”. Eles estão juntos há cinco anos.
Embora criativa, o casal explicou que teve a ideia de última hora. “Estávamos com a placa pronta ontem e não sabíamos o que escrever. E como é um bloco Tarado, pensamos em fazer uma coisa mais ousada”, conta Elias.
“E a gente queria pensar em alguma coisa com uma pegada política, que fosse engraçada”, completou Caroline.
Os amigos Arthur, de 33 anos, Bruno, de 27 anos e Gabriel, de 30 anos tiveram uma ideia parecida -também combinando.
Eles usavam tiaras de arquinhos com os dizeres “vagabunda comunista”, “petista safada” e “quenga da ursal”.
“A gente é vagabunda, quenga e comunista. É autoexplicativo”, disse Arthur. Ele trouxe os amigos, que são do interior de São Paulo, para curtir a folia com ele na capital paulista.
A advogada Cecilia Teles, de 27 anos, e o namorado Murilo Guedes, de 30 anos, que é desenvolvedor, também combinaram a fantasia e apelaram para a economia.
No peito dela, estava escrito: “baixa do Real”. No dele, “alta do dólar”.
“A gente prestou atenção na situação atual do nosso governo e dos últimos anos, como foi”, explicou Murilo.
“Além das características físicas, a gente achou que ia ser cômico”, completou Cecilia.
A professora de história Stefany Bispo, de 36 anos, usava óculos com estrelas vermelhas, fazendo referência ao Partido dos Trabalhadores, e uma faixa presidencial.
Na cabeça, uma tiara escrito: “triplex do Lula”.
“Depois de quatro anos, a vida voltou a ser feliz novamente”, disse, em referência a vitória do presidente petista nas eleições passadas.
Já a professora Ana Ventura, de 36 anos, arranjou uma estratégia de filtrar os contatinhos. Também com uma tiara, ela já perguntava: “votou em quem?”.
“A gente tem que se proteger neste Carnaval. É a pergunta básica, antes do oi ou do nome”, explicou ela, que é de São Paulo e deve curtir outros dias do Carnaval em blocos de rua.
Por FolhaPress via Jornal de Brasília
Foto: Carl de Souza/AFP / Reprodução Jornal de Brasília