A Brasília Design Week 2025 movimentou a capital federal na última semana levando o público a mergulhar no universo criativo de dentro e de fora do Distrito Federal. Com mais de 40 ações espalhadas em pontos estratégicos da cidade, a programação totalmente gratuita da BDW 2025 encantou milhares de pessoas. Para quem não pôde participar, e também para quem já está com saudades, a boa notícia é que algumas atividades continuam abertas ao público.
A principal exposição da BDW 2025, sediada no Museu Nacional da República, segue aberta à visitação até o dia 20 de julho. Com o tema “Memória, Design e Futuro”, renomados artistas promovem um verdadeiro passeio onde tradição e futuro se encontram em peças que encantam o público nas exposições Horizonte em risco, com curadoria de Nina Coimbra; Artesanato e joias – Contornos do Amanhã, com curadoria de Cris Malheiros e Pati Herzog; e a celebrada Viva Janete!, que presenteia o público com o pensamento criativo da lendária arquiteta Janete Costa.
No Espaço Oscar Niemeyer, a exposição parceira Quando o Imaginário e a Fé vão às Ruas, do fotógrafo Bruno Jungmann, segue até 3 de agosto. A mostra reúne imagens que revelam os encontros da memória e da beleza popular com o pulsar das ruas do país. A curadoria é de Gisele Lima, e a artista Dayse Barros tem participação especial.
A vice-governadora Celina Leão exalta a potência da BDW 2025 para ajudar a impulsionar ainda mais o mercado criativo do Distrito Federal. “A Brasília Design Week 2025 é mais que aproximar o público dos grandes criativos do DF e do país – o evento está se tornando uma nova tradição na capital federal, reconhecida em todo o mundo como a cidade dos monumentos”, afirma. “É uma celebração e um justo reconhecimento aos nossos talentos, que ajudam a fortalecer Brasília no mercado criativo. Ao poder público, cabe fomentar um setor que se destaca cada vez mais dentro e fora na economia da nossa cidade”.
A idealizadora da BDW 2025, Caetana Franarin, destaca o sucesso crescente a cada edição do evento. Se em 2024 a mostra principal ficou restrita ao mezanino do Museu Nacional da República, este ano ocupa a principal galeria do espaço. O mesmo vale para o recorte da Exposição de Milão, que também aumentou nesta edição da mostra.
Caetana celebra também o potencial econômico da BDW 2025 na capital. “Queremos trazer turistas para a cidade, para que outros segmentos da economia também usufruam desse movimento em prol do design. A cidade ganha muito quando você tem turismo gerando renda para o local”, avalia. Para ela, também é importante que o brasiliense conheça a produção do DF, em grande parte reconhecida internacionalmente e desconhecida do grande público.
Além das exposições, foram realizadas rodas de conversa, desfiles, oficinas, talks e palestras em diversos pontos da cidade, como embaixadas, galerias e museus. A escritora Ilona Criadora, que apresentou a oficina O Poder da Fala, afirma que a BDW 2025 já tem lugar cativo em seu coração. É a segunda vez que ela participa do evento e ressalta a importância de levar ferramentas para que designers, artesãos, arquitetos e público possam saber como se comunicar melhor.
“Estamos em um ambiente que fomenta negócios, que capacita, que educa, onde a capacidade de se comunicar e de se expressar não pode ficar de fora. Estamos em um momento em que o digital domina toda a comunicação, e saber gravar um conteúdo, fazer uma live, uma aula, uma negociação online se torna fundamental para que negócios e cultura avancem. Para mim, foi o match perfeito”, comemora.
A semana também contou com a presença de designers e criadores de diversas regiões do país e de talentos locais, como André Neves, Danilo Vale, Daisy Barros, Fluides Cerâmicas e Mutum. Também participaram artistas consagrados nacionalmente, como Ana Neute, Marcelo Rosenbaum, Rodrigo Ambrósio, Guto Requena, Philipe Fonseca, Yankatu e Victor Leite.
Para Pati Herzog, curadora da exposição Contornos do Amanhã, ao lado de Cris Malheiros, a BDW 2025 celebra a força do artesanato brasileiro, da artesania, do que é feito à mão e da joalheria autoral. “Nós apresentamos uma amostra com peças incríveis de artesanato e de joalheria que, na verdade, evocam o design em movimento”, define. “Nessa amostra, conseguimos vislumbrar futuros possíveis, um futuro feito à mão, sem pressa, um futuro manual”.
A edição 2025 é promovida pelo Desponta Brasil e pelo Instituto Brasil de Economia Criativa, com correalização da Abimóvel e do Governo do Distrito Federal, por meio da Vice-Governadoria e das secretarias de Turismo; Ciência, Tecnologia e Inovação; e Cultura e Economia Criativa.
Por Revista Plano B
Fonte Agência Brasília
Foto: George Gianni e Luh Fiuza/VGDF