Os brasileiros saíram às compras em 2024, em sites de compra internacional como Shein, Shopee, Temu, entre outros. De acordo com dados da Receita Federal publicados nesta sexta-feira (20/6), o volume desembolsado nesses tipos de encomendas em todo o país durante os 12 meses do ano anterior corresponde a mais que o dobro do acumulado no período anterior.
Em 2023, o valor total gasto pelos brasileiros em compras internacionais atingiu R$ 6,42 bilhões — até então, era o recorde nessa modalidade. No entanto, com mais de 190 milhões de encomendas solicitadas, o volume total desembolsado pela população atingiu R$ 14,83 bilhões no ano seguinte — o que representa um aumento superior a 50%.
Apesar do valor muito superior, houve uma queda no volume de mercadorias compradas em relação a 2023, de 210 milhões para 190 milhões. As duas principais explicações para essa diferença estão no câmbio e na mudança da taxa cobrada sobre produtos importados.
Sobre a variação cambial, é necessário destacar que, na cotação média, o dólar norte-americano operou em R$ 4,99 durante o ano de 2023. No ano seguinte, o valor médio aplicado essas operações passou para R$ 5,39. Diante disso, houve uma alta de cerca de 8% na comparação entre os dois períodos.
Além disso, em agosto de 2024, entrou em vigor uma nova tarifa de 20% sobre encomendas abaixo de US$ 50, que anteriormente eram isentas de tributação. Conhecido como ‘taxa das blusinhas’, o Imposto de Importação (II) contribuiu significativamente para o aumento do valor acumulado em compras internacionais no ano passado.
Com a mudança na taxa, o governo federal arrecadou R$ 2,88 bilhões nos 12 meses de 2024, o que representa um crescimento de 45% em relação ao ano anterior. “O aumento da arrecadação vai ao encontro da criação do Programa Remessa Conforme e o estabelecimento, pelo Congresso Nacional, da tributação sobre todas as remessas, independentemente do valor da importação”, destacou a Receita Federal.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
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