quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Em semana decisiva, pacote de gasto opõe governo e Congresso

Com pautas para aprovar, gestão Lula culpa Parlamento pela necessidade de um pacote de contenção de gastos. Haddad reclama de deputados e senadores terem avalizado Perse e desoneração da folha; Randolfe enfatiza que Planalto não aceitará desidratar medidas

Trump é eleito presidente dos EUA, mostram projeções

Candidato republicano levou a vitória nesta quarta-feira (6/11) contra a adversária democrata Kamala Harris. Ele volta ao cargo que deixou, em 2021

O candidato republicano Donald Trump está eleito como presidente dos Estados Unidos, de acordo com projeções da CNN e do The New York Times. Por volta das 07h30 desta quarta-feira (6/11), o ex-presidente superou o número necessário de 270 delegados e venceu o pleito contra a democrata Kamala Harris, em uma das eleições mais imprevisíveis da história.

Até o momento, Donald Trump venceu quatro dos sete estados-pêndulo: Carolina do Norte, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin. Com isso, ele já conquistou 276 delegados. Até o momento, Kamala Harris tem 219 delegados.

Confira todos os estados que Donald Trump já conquistou até o momento:

  • Indiana — 11 delegados
  • Virgínia Ocidental — 4 delegados
  • Kentucky — 8 delegados
  • Flórida — 30 delegados
  • Alabama — 9 delegados
  • Oklahoma — 7 delegados
  • Missouri — 10 delegados
  • Tennessee — 11 delegados
  • Carolina do Sul — 9 delegados
  • Arkansas — 6 delegados
  • Wyoming — 3 delegados
  • Dakota do Norte 3 delegados
  • Dakota do Sul — 3 delegados
  • Texas — 40 delegados
  • Luisiana — 8 delegados
  • Montana — 4 delegados
  • Utah — 6 delegados
  • Mississippi — 6 delegados
  • Ohio — 17 delegados
  • Iowa — 6 delegados
  • Kansas — 6 delegados
  • Idaho — 4 delegados
  • Carolina do Norte — 16 delegados
  • Nebraska — 4 delegados (o estado tem 5, mas os divide entre os candidatos mais votados)
  • Geórgia — 16 delegados
  • Pensilvânia — 19 delegados
  • Wisconsin — 10 delegados

Esta será a segunda vez que Trump chefia o país. Na primeira, ele comandou os Estados Unidos entre 2017 e 2020, e deixou a Casa Branca após perder as eleições para Joe Biden. 

Quem é Donald Trump, o novo presidente dos EUA

Nascido em Nova York em 1946, Donald John Trump é empresário e governou os Estados Unidos de 2017 a 2021, ao ser o 45º presidente do país. À época, ele venceu a democrata Hillary Clinton e, em 2020, tentou reeleição, mas foi derrotado por Joe Biden, a quem substituirá no cargo mais alto do país a partir do dia 20 de janeiro de 2025.

Trump é formado em economia e dono de diversos empreendimentos que levam o nome dele, do ramo de hotelaria ao de concursos de beleza.

Tendo sido considerado uma das pessoas mais ricas do mundo, o magnata é famoso por polêmicas. Durante o período em que foi presidente dos EUA, proibiu entrada de cidadãos de países de maioria muçulmana, revisou normas ambientais a fim de aumentar exploração de combustíveis fósseis e tentou desfazer o “Obamacare”, que controla preços de planos de saúde.

Sob o mantra “Make America great again” — “fazer os EUA grandes novamente” —, o atual presidente se considera “nacionalista” e baseia a política externa do país na frase “America first” — “EUA primeiro”. 

Durante o mandato anterior, sofreu dois processos de impeachment: um em 2019, quando foi revelado que ele, então presidente, tinha pedido ajuda à Ucrânia para interferir na eleição presidencial de 2020, favorecendo a própria reeleição; e um em 2021, devido a envolvimento na invasão do Capitólio, após não reconhecer a vitória de Biden, e a possível fraude eleitoral. Ele foi inocentado em ambos os casos.

Relembre alguns momentos de Trump durante a corrida presidencial

Donald Trump anunciou a possível candidatura para a disputa de 2024 à presidência em 2022. Embora quase tenha sido considerado inelegível devido ao artigo da Constituição norte-americana que proíbe a “insurreição”, a Suprema Corte dos Estados Unidos reverteu a decisão e permitiu a continuidade da até então possível candidatura em março deste ano.

Durante discurso de campanha na Pensilvânia em 13 de julho, Trump teria sofrido um atentado, ao ter sido atingido por um tiro na orelha. Dois dias depois, ele foi oficialmente nomeado candidato à presidência pelo Partido Republicano, escolhendo o senador J. D. Vance como vice.

Ele trouxe à campanha personalidades polêmicas, como Corey Lewandowski, com quem havia rompido na campanha de 2016 por acusações de crimes sexuais e agressão; e a influenciadora Laura Loomer, que espalha teorias da conspiração e comentários racistas nas redes sociais.

Durante comício no Madison Square Garden, em Nova York, um comediante convidado de Trump chamou Porto Rico de “ilha flutuante de lixo”, além de proferir diversos comentários xenofóbicos, principalmente contra latinos, racistas e antissemitas. Apesar de a campanha tentar desassociar as declarações ofensivas, o republicano não pediu desculpas.

Durante toda a corrida presidencial, o então candidato atacou principalmente imigrantes e os culpou por supostas criminalidade, subida de preços de imóveis, por supostamente tirarem empregos de cidadãos e sobrecarregarem serviços de assistência social e até mesmo os acusou falsamente de comerem animais de estimação. Ele promete fazer deportações em massa.

O empresário também contou com apoio de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, que também apareceu em comícios, prometeu US$ 1 milhão por dia a pessoas que aderissem um abaixo-assinado e utilizou a própria rede social, o X, para fazer campanha. Trump afirma querer trabalhar com Musk na Casa Branca.

Tanto Donald Trump quanto Kamala Harris realizaram eventos finais de campanha no estado-pêndulo da Pensilvânia. O republicano foi além, porém, discursando também, no último dia (4/11), nos estados-chave de Michigan e da Carolina do Norte.

Por Lara Perpétuo e Pedro Grigori do Correio Braziliense

Foto: AFP / Reprodução Correio Braziliense

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