O ativista brasiliense Thiago Ávila desembarcou em Brasília, onde mora, na tarde desta quarta-feira (18/6). A chegada marca o retorno dele de uma missão humanitária à Faixa de Gaza onde, junto com outros 11 ativistas, tentou levar comida e medicamentos aos palestinos na Faixa de Gaza.
“A missão não está cumprida porque ainda tem muita criança morrendo de fome em Gaza, mas a gente vai acumulando força”, enfatizou. “Isso foi só um pontapé inicial. Não foi dessa vez, mas em breve a gente vai romper o cerco de Gaza, criar o corredor humanitário e deter esse genocídio horrível”, acrescentou.
Thiago destacou ainda que a luta pela causa Palestina está ligada a outras lutas por direitos humanos. “Nossa luta está conectada com a luta dos trabalhadores pelo direito ao trabalho na rodoviária, a luta dos catadores, a luta ecológica, a luta dos indígenas, a luta por benefícios para a classe trabalhadora”, afirmou.
“É uma luta também contra um governo que explora, oprime e destrói a natureza aqui no Distrito Federal. É um governo aliado com a extrema direita, que mantém o sionismo e apoia o genocídio em Israel”, disse. “Ibaneis é cúmplice do genocídio também, assim como Jair Bolsonaro”, disparou.
No aeroporto, manifestantes pró-Palestina, integrantes do Comitê de Defesa da Palestina e da Sociedade Árabe Palestina no Brasil aguardavam Thiago com faixas e cartazes de resistência com dizeres como “Não à ocupação de Gaza”, “Não é guerra, é genocídio” e “Abaixo o genocídio israelense contra palestinos”.
O barco ‘Madleen’, que levava o grupo, foi interceptado pelo exército israelense antes de chegar ao destino. Thiago chegou a ficar três dias em uma prisão em Givon antes de ser deportado.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Marcelo Ferreira