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Tarifaço: Eduardo Bolsonaro diz atuar contra diálogo de senadores com EUA

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos desde...

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos desde março deste ano, afirmou estar atuando para impedir que os senadores brasileiros encontrem espaço para diálogo com autoridades norte-americanas durante a missão parlamentar que tenta reverter o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump

“Com certeza não [vão estabelecer diálogo], e eu trabalho para que eles não encontrem diálogo, porque sei que, vindo desse tipo de pessoa, só haverá acordos daquele tipo meio-termo, que não é nem certo, nem errado”, disse Eduardo em entrevista ao SBT na noite desta segunda-feira (28/7) e divulgada no canal do próprio parlamentar no YouTube. Vale destacar que a comitiva é composta por senadores tanto da base quanto da oposição.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não detalhou como estaria atuando para impedir as tratativas, mas acusou os parlamentares de ignorarem o que classifica como uma “crise institucional” no Brasil. Segundo ele, a postura da comitiva seria incoerente diante do cenário interno.

Ainda na entrevista, Eduardo Bolsonaro afirmou que Trump estaria reagindo a supostas “violações de direitos” e à “perseguição” contra o ex-chefe do Planalto, hoje réu no Supremo Tribunal Federal STF). Ele também mencionou diretamente o ministro Alexandre de Moraes: “Se ele acha que vai intimidar o Trump, dobrando a aposta, que é o que ele sempre faz, lamentavelmente haverá mais sofrimento por parte dessas autoridades brasileiras”.

Comitiva

A declaração acontece em meio à viagem de uma comitiva de senadores brasileiros aos Estados Unidos, liderada por Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. O grupo busca negociar a exclusão do Brasil da tarifa adicional de 50% sobre exportações, prevista para entrar em vigor nos próximos dias. A agenda desta terça-feira (29/7) inclui encontros com deputados do Partido Democrata e do Partido Republicano.

O governo brasileiro ainda trabalha para preservar setores estratégicos, como o alimentício e a Embraer, das novas tarifas. Apesar de não haver reuniões oficiais com integrantes do entorno de Trump, os senadores esperam que o diálogo avance até a Casa Branca.

Ontem (28), a comitiva se reuniu com representantes da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e executivos de grandes empresas dos setores de energia, tecnologia, transporte, indústria farmacêutica, química e siderurgia.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, também está nos Estados Unidos, mas em Nova York, e ainda não foi convidado para nenhuma reunião com representantes da Casa Branca. Já o presidente Lula voltou a afirmar, durante evento no Rio de Janeiro, que espera abertura de diálogo com o governo norte-americano.

Enquanto o prazo se aproxima, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente Geraldo Alckmin apresentaram ao presidente Lula um plano de mitigação para os setores mais impactados pelo tarifaço.

Segundo anúncio feito por Trump, os países que não chegarem a um acordo até esta sexta-feira (1°/8) poderão ser taxados entre 15% e 20%. Até o momento, apenas o Reino Unido conseguiu manter a alíquota original de 10%. União Europeia e Japão pagarão 15%; Indonésia e Filipinas, 19%; e Vietnã, 20%. Ainda não há definição sobre a situação do Brasil.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense      

Foto: Reprodução/Youtube

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