A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) surge como nome cotado para assumir a relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará as fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
A escolha de Amaral é vista como uma estratégia dos governistas para evitar que a comissão seja controlada pela oposição. A deputada foi uma das primeiras da base aliada a assinar o pedido de instauração da CPMI, ganhando pontos entre os governistas.
Fontes indicam que já houve uma conversa inicial entre o senador Randolfe Rodrigues e Tabata Amaral sobre o assunto. Enquanto isso, a deputada trabalha para garantir sua indicação pelo PSB para integrar a comissão, mesmo que não seja como relatora.
A base do governo acredita que será difícil emplacar um deputado do PT na relatoria devido à polarização no Congresso Nacional. Assim, o nome de Tabata Amaral surge como uma alternativa para evitar o que chamam de “aparelhamento” da CPMI pela oposição.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), da oposição, criticou a possível indicação, afirmando que “CPI é um instrumento da oposição e não do governo”. Ele argumenta que uma CPI dominada pelo governo “só pode acabar em pizza”.
A definição da relatoria passará pelos presidentes das duas casas legislativas e envolverá uma articulação com os líderes do Centrão. Será também um teste para a ministra Gleisi Hoffmann e os operadores políticos do Palácio do Planalto no Congresso Nacional.
A CPMI do INSS, que a oposição quer chamar de “CPI do roubo dos aposentados”, promete ser um campo de batalha político importante nos próximos meses, com governo e oposição disputando o controle da narrativa e das investigações sobre as fraudes no sistema previdenciário brasileiro.
Por Da CNN
Foto: Reprodução CNN Brasil