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STF condena sete réus do núcleo de desinformação com penas de até 17 anos

A Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou os sete réus do núcleo da...

Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) condenou os sete réus do núcleo da desinformação (núcleo 4) do processo sobre a tentativa de golpe de Estado, com penas entre 7 e 19 anos de prisão.

Segundo a acusação da PGR (Procuradoria-Geral da República), os integrantes do núcleo eram responsáveis por ações táticas de desinformação para o plano de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos da trama golpista, votou pela condenação e foi acompanhado pelos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Flávio Dino.

O único a divergir foi Luiz Fux, que votou para absolver todos os sete réus do núcleo 4. As defesas de todos os réus negaram as acusações e pediram absolvição.

Penas de 7 a 17 anos

O major da reserva do Exército Ângelo Denicoli foi condenado a 17 anos de prisão por participação no plano golpista — a maior pena do grupo. Segundo a PGR, ele foi produzir e disseminar documentos falsos sobre as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral de votação.

O coronel do Exército Reginaldo Abreu foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão. Ele foi acusado de manipular relatórios oficiais do Exército para sustentar a narrativa golpista.

Enquanto o policial federal Marcelo Bormevet pegou 15 anos de prisão por participação no plano golpista. Bormevet era responsável por usar ilegalmente recursos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para espionar opositores e ordenar ações violentas.

O major do Exército Ailton Barros recebeu a pena de 13 anos de prisão. Segundo a PGR, ele articulava a ligação entre militares e civis golpistas e pressionava Mauro Cid a convencer Bolsonaro a dar um golpe de Estado.

Já o servidor Giancarlo Rodrigues foi condenado a 14 anos de prisão. A acusação afirmou que o subtenente foi responsável por criar uma rede clandestina de espionagem dentro da Abin para monitorar opositores.

No caso do tenente-coronel Guilherme Almeida, o STF condenou ele a 13 anos de prisão. A PGR apontou que o tenente-coronel divulgava mensagens e áudios defendendo fraude eleitoral e a quebra da ordem constitucional.

Com a menor pena e condenado por dois crimes — abolição e organização criminosa — o presidente do IVL (Instituto Voto Legal), Carlos Rocha, pegou 7 anos e seis meses de prisão por participação na trama golpista.

Todos eles deverão ainda pagar 120 dias-multas no valor de um salário-mínimo em cada dia-multa. O único a pagar menos foi Carlos Rocha, com a pena de 40 dias-multa.

Por Revista Plano B

Fonte CNN Brasil

Foto: Rosinei Coutinho/STF

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