O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou neste domingo (14/12) que a renúncia da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ao mandato foi uma decisão estratégica para preservar seus direitos políticos. Em publicações nas redes sociais, o parlamentar classificou a medida como uma reação a uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, segundo ele, teria desconsiderado garantias constitucionais e o devido processo legal.
De acordo com Sóstenes, ao renunciar antes da conclusão do processo de cassação, Zambelli amplia suas possibilidades de defesa e evita efeitos mais severos de um julgamento que o líder do partido considera politizado. O deputado afirmou ainda que a decisão abre margem jurídica para que a ex-parlamentar busque liberdade e permaneça fora do país.
O líder do PL rejeitou a interpretação de que a renúncia represente fuga. Segundo ele, trata-se de um “cálculo jurídico” diante de um cenário que classificou como de exceção institucional. Para Sóstenes, quando há perda de imparcialidade, a estratégia passa a ser um instrumento de proteção contra arbitrariedades.
A renúncia foi confirmada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), no início da tarde deste domingo. A decisão de Zambelli ocorreu após determinação do STF para que o suplente assumisse o cargo no prazo de 48 horas.
Em nota, a Câmara informou que a deputada comunicou formalmente a renúncia à Secretaria-Geral da Mesa. Com isso, Hugo Motta determinou a convocação do suplente Adilson Barroso (PL-SP), que assumirá a vaga deixada por Carla Zambelli.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados









