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Salto del Agrio, a cachoeira vulcânica da Patagônia argentina

Escondida entre as paisagens amplamente conhecidas da Patagônia argentina, a província de Neuquén guarda um segredo...

Escondida entre as paisagens amplamente conhecidas da Patagônia argentina, a província de Neuquén guarda um segredo hipnotizante: a cachoeira Salto del Agrio.

Cercada por cânions esculpidos por antigas erupções vulcânicas e envolta por araucárias milenares, essa maravilha natural não apenas encanta os olhos –ela parece pulsar com uma energia própria, quase mística.

Localizada a apenas 18 quilômetros de Caviahue –vilarejo reconhecido em 2024 pela ONU Turismo como um dos mais belos do mundo–, a Salto del Agrio é alimentada pelas águas do Rio Agrio, que nascem na Cordilheira dos Andes e atravessam solos ricos em minerais antes de desaguar no Rio Neuquén.

Salto del Agrio, a cachoeira de fogo na Patagônia argentina

Com cerca de 40 metros de altura, a queda impressiona pelo contraste marcante entre o azul profundo (ou verde-esmeralda) do poço em sua base e o tom avermelhado das rochas vulcânicas que a cercam. Esse efeito se deve à constante atividade do vulcão Copahue, ainda ativo e visível ao fundo, compondo um cenário que remete a rios de lava congelados no tempo.

A luz do dia transforma tudo. Ao amanhecer ou no entardecer, a paisagem muda de forma e de alma. O brilho do sol nas rochas, a névoa que sobe do impacto da água —tudo parece em movimento, como se a própria natureza estivesse encenando uma peça que nunca se repete.

Ecos ancestrais

Para o povo Mapuche, ancestral da região, o Salto del Agrio é mais do que uma paisagem de tirar o fôlego: é território sagrado. O rio, as pedras, o som da água —tudo ali carrega espíritos e memórias. Até hoje, comunidades indígenas realizam cerimônias no local, honrando uma sabedoria ancestral que vê, na força dos elementos, a presença viva dos seus deuses e antepassados.

A Salto del Agrio não é apenas uma cachoeira, mas sim uma experiência sensorial e espiritual. Um lugar onde o tempo parece parar, e o mundo, por um instante, revela seus mistérios mais profundos.

Por Revista Plano B

Fonte Catraca Livre    

Foto: Divulgação

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