Nessa terça-feira (21), foi aberto oficialmente o 10º Mutirão de Reconstrução de Mamas no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). A unidade celebra o Outubro Rosa promovendo uma força-tarefa de reconstrução mamária em mulheres mastectomizadas (que retiraram as mamas) devido ao câncer. São dez anos ajudando na recuperação da autoestima, com a realização dos procedimentos e de dermopigmentações (tatuagem estética na aréola). As cirurgias são realizadas em dois turnos até sábado (25).
O oncologista da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), Gustavo Ribas, destacou a importância do mutirão e lembrou o direito constitucional da mulher em receber o tratamento de reconstrução mamária. “O HRT fortalece o papel legal e de direito dessas mulheres que passaram por uma mastectomia. Além disso, enaltece o papel de reabilitação emocional, física e social da mulher”, afirma.
De acordo com dados do Instituto do Câncer (Inca), a previsão do triênio 2023-2025 é de 1,1 mil casos de câncer de mama por ano no DF. Para Ribas, além de ajudar mulheres que enfrentam o câncer, é fundamental fortalecer o trabalho de prevenção da doença. “O câncer de mama é prevenível por ações de saúde como hábitos e alimentação saudáveis e atividade física”, destaca.
A superintendente da Região de Saúde Sudoeste, Márcia Rodrigues, enfatizou a importância dos servidores envolvidos no mutirão de reconstrução mamária. “Este momento celebra todo o esforço e dedicação dos servidores do HRT na luta contra o câncer”, afirma.
A ação, promovida há dez anos, reforça a rede de apoio no DF, como explica a diretora do HRT, Thalita Reis. “Este momento é muito especial, pois podemos reafirmar o nosso compromisso com a saúde da mulher e principalmente com a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. São dez anos fortalecendo a rede de apoio que tem salvado tantas vidas no Distrito Federal”, declara.
Força-tarefa
Neste ano, serão realizadas 38 cirurgias e 20 procedimentos de tatuagem estética. Ao longo dos anos anteriores, o HRT já atendeu 371 pacientes com procedimentos e cirurgias. A força-tarefa de 2025 conta com cerca de 60 profissionais de saúde, entre médicos cirurgiões, anestesistas, enfermeiros, técnicos de enfermagem, tatuadores, dentre outros trabalhadores que doam o seu trabalho voluntariamente. Cirurgiões da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) também participam do mutirão.
Luta contra o câncer
A paciente Luzirene dos Santos, 56 anos, que retirou a mama direita nesta semana, destacou o empenho da equipe do HRT, desde o diagnóstico até as sessões de quimioterapia. “Vim aqui na emergência com os exames e foi tudo muito rápido. Eu não estava com esperança de realizar a cirurgia agora. O tratamento da equipe comigo foi excelente”.
Segundo Luzirene, a campanha Outubro Rosa tem ajudado muitas mulheres na luta contra o câncer. Ela também aproveitou a oportunidade para se maquiar com a equipe de beleza voluntária que estava por lá.
O Câncer não espera. O GDF também não
O programa “O câncer não espera. O GDF também não”, lançado neste ano para acelerar o atendimento de pacientes oncológicos, também foi destaque no evento. “O acesso ao diagnóstico precoce e às mamografias são esforços que não faltarão para que elas tenham acesso ao tratamento de forma mais célere”, ressaltou Gustavo Ribas.
A iniciativa reduziu o atendimento oncológico no DF para 9,5 dias.
*Com informações da Secretaria de Saúde (SES-DF)
Por Revista Plano B
Fonte Agência Brasília
Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF