Dar um bom feedback é uma das habilidades mais valorizadas em ambientes corporativos, especialmente quando o trabalho depende da colaboração entre pessoas.
Mas, segundo uma nova pesquisa da Cornell University, o que parece um elogio ou uma orientação inofensiva pode, na verdade, minar o espírito de equipe e comprometer resultados futuros.
A forma como o feedback é comunicado impacta diretamente a coesão de um time. As informações foram retiradas de Inc.
Feedback comparativo atrapalha mais do que ajuda
O estudo liderado pela professora Xinyu Zhang, da SC Johnson College of Business (Cornell), analisou o comportamento de cerca de 500 pessoas, entre universitários e profissionais ativos, em situações simuladas de trabalho em equipe.
As descobertas mostram que:
Quando os participantes recebiam feedback indicando que o desempenho deles foi parecido com o dos colegas, a colaboração aumentava.
Mas, quando o feedback apontava quem teve melhor desempenho ou fazia comparações diretas entre membros da equipe, a tendência era de redução no senso de conexão e queda na cooperação.
Em resumo: “ranquear” destrói laços.
Quando o feedback reforça competição, o time perde
Um ponto importante da pesquisa foi mostrar que comparações explícitas dentro de um time não motivam, apenas desagregam.
Isso vale, principalmente, quando o grupo enfrenta metas desafiadoras. Nessas situações, tentar estimular a entrega com frases como “vamos ver quem bate a meta primeiro” ou “fulano já conseguiu, e você?” tende a gerar o efeito oposto.
“Criar um clima de competição em tarefas que exigem colaboração pode prejudicar mais do que ajudar”, alerta a pesquisadora.
O que um bom feedback deve reforçar
A mensagem principal do estudo é simples e poderosa:
“Ranqueie menos. Conecte mais.”
Na prática, isso significa que um bom feedback em ambientes colaborativos deve:
Reforçar o senso de grupo (“vocês enfrentaram um desafio difícil juntos”)
Valorizar o esforço coletivo, e não só o resultado individual
Evitar comparações diretas entre colegas
Focar no desenvolvimento, e não em julgamento
E mais: quando necessário apontar melhorias, faça isso com objetividade, clareza e respeito. Isso é comunicação assertiva.
Torne-se a voz que o mercado escuta com a comunicação assertiva
Em um mundo onde todos falam, poucos realmente são ouvidos. Profissionais que dominam a comunicação assertiva se destacam, inspiram confiança e são lembrados por sua clareza e equilíbrio.
Agora é sua vez de desenvolver essa habilidade e transformar o modo como você se expressa e como as pessoas te escutam.
Por Revista Plano B
Fonte Exame
Foto: XX/Divulgação