Outros posts

PT dá a largada para a corrida eleitoral de 2026

O 17º Encontro Nacional do PT começou, na noite de sexta-feira (1º/8), em...

O 17º Encontro Nacional do PT começou, na noite de sexta-feira (1º/8), em Brasília, com o objetivo de pavimentar o caminho para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026. A abertura dos três dias de evento que vai empossar os novos presidentes dos diretórios regionais e do novo presidente da legenda, Edinho Silva, contou com a presença de diversos parlamentares das bancadas da Câmara dos Deputados e do Senado, e de ministros e líderes de partidos da base governista, como o presidente do PSB e prefeito de Recife, João Campos, e a presidente do PSol, Paula Coradi.

Campos, inclusive, voltou a afirmar que o PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, estará com Lula em 2026, “com ou sem cargo no governo petista”. “Nós entendemos que é preciso ter governabilidade, construir maioria circunstanciais no Congresso. É difícil montar um governo num Congresso tão desafiador como esse, mas nosso partido jamais vai fazer o debate rasteiro e querer trocar, pelo toma lá dá cá, espaço, cargo no ministério. Em qualquer circunstância, estaremos na linha de frente para reeleger o Lula presidente do Brasil”, disse o presidente do PSB.

Entre os ministros, estavam a ex-presidente do PT Gleisi Hoffmann, (Secretaria das Relações Institucionais); Fernando Haddad (Fazenda); Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar); e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência). O ex-mandachuva do PT e ex-ministro-chefe da Casa Civil de Lula José Dirceu estava na plateia, afastado do palco com principais nomes do partido e convidados.

Diversas lideranças de movimentos ligados ao partido discursaram na abertura. O teor das falas foi a luta pela reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026, e pela isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais.

Os discursos atacaram, por sua vez, o bolsonarismo, Israel e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que aplicou o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros.

O partido ainda homenageou a Palestina, com bandeiras do país no palco. No discurso de abertura, o atual presidente do PT, senador Humberto Costa (PE), reafirmou o compromisso da legenda com o país e destacou que o apoio do partido e do encontro ao povo palestino se deve aos crimes de guerras cometidos pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“O governo de Netanyahu é acusado de crimes de guerra até por ex-embaixadores e ex-primeiros ministros israelenses. Os crimes, agora, incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitário e recebem balas e bombas. Por tudo isso, a militância presente no 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores declara sua irrestrita solidariedade ao povo palestino”, disse Costa.

O senador também relembrou as dificuldades que o país tem sofrido após 20 meses de guerra com Israel e as doenças que se desenvolveram em Gaza devido ao bloqueio israelense. Em 5 de junho, o presidente Lula declarou que na região não se trata de uma guerra, mas de um genocídio.

Pelo menos, 40 representantes de embaixadas participaram do evento. Entre eles, o físico nuclear Fidel Antonio Castro, neto do ex-ditador cubano Fidel Castro, que, inclusive, estava no palco.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP), não deixou de atacar Donald Trump e o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que fugiu para os EUA e tem articulado para as sanções ao país. “Não temos o que temer a facistas que gritem do Norte, nem a traidores da Pátria, playboizinhos que se montam lá para ficar gritando para a salvação do pai”, bradou.

Prioridades 

O ministro Fernando Haddad abriu o evento repassando um recado de Lula e lembrando as promessas de campanha, como a reforma do Imposto de Renda. “Queria registrar, a pedido do presidente Lula, que agora, apesar de todos esses obstáculos que nós temos que superar todos os dias — e a cada dia uma novidade como essa a última do tarifaço — nós estamos conseguindo executar o nosso plano de governo”, afirmou Haddad. Ele disse ainda que se surpreendeu com os avanços em relação às “próprias expectativas”.

O presidente eleito do PT, Edinho Silva, comentou ao Correio as prioridades a partir da posse, neste domingo, e reforçou o compromisso com a soberania do país. “Tenho dito que é uma conjuntura difícil, complicada, mas o PT não vai ter dúvida de qual o seu papel nesse momento. Primeiro de tudo, darmos todo o apoio ao governo do presidente Lula para fazermos as mudanças internas que o país precisa, como a reforma da renda. Precisamos combater privilégios, construir um país de igualdade de oportunidades, claro, nesse contexto, também reafirmar o nosso compromisso com a soberania do nosso país”, disse.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense      

Foto: TV PT/Reprodução

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp