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Projeto leva aulas de boxe à ala psiquiátrica do Hospital de Base

No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o boxe tem se mostrado...

No Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o boxe tem se mostrado um importante aliado no tratamento de pacientes internados na ala psiquiátrica. Há algum tempo, práticas esportivas vêm sendo incorporadas às terapias como uma forma eficaz de auxiliar na recuperação da saúde mental. E, nos últimos seis meses, essa proposta ganhou ainda mais força com o projeto Nocauteando o Sofrimento Mental.

Idealizado pelo psiquiatra Régis Barros, o projeto leva, toda segunda-feira, aulas de boxe para os pacientes. Durante cerca de 30 a 40 minutos, eles participam de atividades lúdicas que incluem exercícios de respiração, alongamentos, fundamentos do boxe e mensagens motivacionais, tudo adaptado para proporcionar bem-estar físico e emocional.

Régis Barros, além de médico psiquiatra, é atleta graduado em jiu-jítsu, luta livre esportiva e thai-kickboxing. A vivência nos esportes inspirou a criação do projeto como uma alternativa complementar para amenizar o sofrimento de quem enfrenta a dura batalha contra transtornos mentais. “O boxe, como outras artes marciais, funciona como uma válvula de escape. Ajuda a aliviar a ansiedade e a angústia tão presentes nos transtornos mentais”, explica Régis.

Cada paciente do projeto ganha um par de luvas, doadas à unidade. Eles têm a oportunidade de praticar a modalidade de forma segura e acompanhada por profissionais da equipe multidisciplinar do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (IgesDF). O objetivo vai além do exercício físico, ocupa a mente e promove a socialização. “A proposta é dar aos nossos pacientes uma ferramenta real para atravessar esse momento com mais leveza e esperança”, acrescenta o médico.

Transformação pelo esporte

A iniciativa tem conquistado não só os pacientes, mas também seus familiares. É o caso de *Eronice Gonçalves, 65 anos, avó de um adolescente internado na ala psiquiátrica. “Desde que meu neto começou a fazer boxe, ele é outra pessoa. Estava angustiado, deprimido e muito agressivo. Agora está calmo, animado com o tratamento. É realmente um santo remédio”, conta.

O novo lutador *M. A. N. está bastante empolgado e não vê a hora de lutar boxe fora do hospital. “Quando eu sair, não quero mais jogar futebol como antes, vou lutar boxe. Essa luta é boa demais, nunca mais quero parar”.

*Nomes fictícios para preservar a identidade da fonte.

*Com informações do IgesDF

Por Revista Plano B

Fonte Agência Brasília

Foto: Alberto Ruy/IgesDF

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