A decisão do governo dos Estados Unidos de retirar o ministro do STF Alexandre de Moraes da lista de sanções da Lei Magnitsky gerou reações negativas entre aliados de Jair Bolsonaro. Em declaração à CNN Brasil, o economista e professor de relações internacionais da ESPM Roberto Uebel apontou três fatores principais influenciaram essa decisão de Donald Trump.
O primeiro e mais significativo fator, segundo Uebel, foi a percepção do governo Trump e do Partido Republicano de que teriam sido “enganados pelos interlocutores de Bolsonaro” com o discurso de “que o Brasil estaria vivendo uma crise, uma ruptura institucional, que o ministro Alexandre de Moraes, abre aspas, seria um violador de direitos humanos”.
Essa percepção teria sido mudada após contatos diretos entre Trump e Lula, além da atuação da diplomacia brasileira no processo de reaproximação entre os dois países.
Fatores adicionais para a decisão americana
O segundo fator apontado por Uebel está relacionado à imagem pessoal de Trump. Segundo o professor, o atual presidente americano não deseja ter sua imagem vinculada a “losers” ou perdedores, como seria o caso de Bolsonaro, descrito por Uebel como “ex-presidente que hoje está preso, condenado e preso”.
Por fim, o terceiro elemento que teria pesado na decisão seria de natureza econômica e comercial. As sanções econômicas e o “tarifaço” contra o Brasil teriam resultado no aumento de preços de produtos básicos para o consumidor norte-americano, gerando pressão sobre Trump. “Isso gera insatisfação e gera pressão em Trump”, concluiu o professor.
A retirada das sanções contra Moraes marca um novo ponto de aproximação entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos, sinalizando uma possível melhoria nas relações diplomáticas entre as duas nações.
Por Revista Plano B
Fonte CNN Brasil
Foto: CNN









