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PGR pede condenação de deputados do PL por desvio de emendas

A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a condenação ao STF (Supremo Tribunal Federal) dos deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor...

PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu a condenação ao STF (Supremo Tribunal Federal) dos deputados federais Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE), acusados de envolvimento em um esquema de desvio de recursos oriundos de emendas parlamentares.

De acordo com a PGR, os parlamentares integravam uma organização criminosa e praticaram corrupção passiva ao solicitarem R$ 1,67 milhão em propina ao então prefeito de São José do Ribamar (MA). Em troca, teriam destinado R$ 6,67 milhões em emendas de saúde ao município.

As investigações apontam que o grupo era liderado por Josimar Maranhãozinho, responsável por coordenar e controlar as emendas indicadas, além de realizar os pagamentos aos demais envolvidos.

Segundo a Procuradoria, Bosco Costa utilizava contas bancárias de familiares — a esposa e o filho — para efetuar repasses relacionados ao esquema. O caso também envolveu lobistas e o agiota conhecido como “Pacovan”, que já morreu.

Nas alegações finais enviadas ao Supremo, a PGR afirma que diálogos, transferências e documentos analisados comprovam a formação de uma rede estruturada para “a destinação de emendas parlamentares a municípios em troca de propina”.

O órgão sustenta que os acusados atuaram de “forma consciente e voluntária” e que o grupo, sob a liderança de Maranhãozinho, se organizou de maneira hierarquizada, com divisão de tarefas e uso de ameaças para garantir o retorno financeiro.

Em alguns casos, a propina correspondia a 25% dos valores das emendas e era cobrada por intermediários, com encontros presenciais e tentativas de intimidação ao prefeito.

O processo, relatado pelo ministro Cristiano Zanin, detalha diálogos interceptados, transferências bancárias e documentos que, segundo a PGR, reforçam a autoria e a materialidade dos crimes.

Além das penas previstas, o órgão requer a perda do mandato parlamentar dos réus e o pagamento de indenização por danos morais coletivos.

Agora, com apresentação das alegações finais pela PGR, o prazo de 15 dias é aberto para apresentação de manifestação dos réus. Após isso, o relator do caso pode liberar o processo para julgamento.

CNN Brasil tenta contato com os deputados.

*Sob supervisão de Leandro Bisa

Por Revista Plano B

Fonte CNN Brasil

Foto: Shutterstock

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