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Padilha pode não ir às assembleias-gerais da ONU e da Opas em setembro

Com o visto para entrada nos Estados  Unidos revogado, na semana passada, pelo...

Com o visto para entrada nos Estados  Unidos revogado, na semana passada, pelo presidente norte-americano Donald Trump, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, denominou a medida como  “ato de covardia”, e afirmou que pode não ir ao encontro ministerial que ocorre anualmente na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas, em setembro, em Nova York. Ele também disse que ainda não tem certeza se participará da Assembleia-Geral da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que ocorre também em setembro, na mesma cidade norte-americana. 

A revogação dos vistos do ministro brasileiro é mais uma das medidas complementares de retaliação de Trump ao Brasil, como o tarifaço de 50% sobre os produtos nacionais impostos desde o último dia 6.  

“A gente não consegue, às vezes, nem sair do país para ir ao Uruguai, onde temos um acordo bilateral para formalizar. Eu não tenho a decisão ainda se vou nem para a Assembleia-Geral da ONU, nem para a Assembleia-Geral da Opas”, afirmou o ministro, nesta terça-feira (19/8), a jornalistas, ao lado do ministro da Educação  (MEC), Camilo Santana, em evento na sede do MEC, , após ser questionado pelo Correio sobre o assunto.

“Se eu tiver de ir, há um acordo de sede da Opas e da ONU. Uma das regras é garantir o acesso das autoridades convidadas para as atividades. Mas ainda não tenho certeza se vou por questões internas, por conta de compromissos com o Congresso e com as implementações de ações no Brasil”, acrescentou

O ministro Padilha lembrou que, por conta do cargo, é chamado para as reuniões ministeriais da Opas e eventualmente reuniões da ONU. Ele lembrou que a medida restritiva de Trump foi imposta a ele e aos familiares, inclusive o filho de 10 anos. 

Pai exilado na ditadura

Padilha, que criou o Mais Médicos, programa que é criticado por Trump, lamentou o ocorrido e fez questão de afirmar que tinha o visto não pretendia ir para os Estados Unidos para visitar a Disney e, sim, a madrasta e o meio irmão e familiares que moram lá por conta de o pai dele ter sido exilado nos EUA durante a ditadura militar. Assim como o escritor Ariano Suassuna, ele disse que não tem nenhuma vontade de visitar os parques temáticos do estado norte-americano da Flórida. 

“Eu cheguei a conhecer minha madrasta fisicamente antes mesmo de conhecer o meu pai, porque ele ficou oito anos exilado”, contou Padilha. “Ela veio ao Brasil antes de eles se casarem”, emendou. 

De acordo com o ministro, esse era o motivo pelo qual tínhamos visto para ir para os EUA. “Eles podem vir para cá, mas eu fiquei oito anos sem poder ver o meu pai por causa da ditadura. Felizmente, hoje, o Brasil vive uma democracia, o presidente é um democrata, quem tentou dar um golpe no dia 8 de Janeiro foi o derrotado”, afirmou o ministro da Saúde, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).  

Padilha e Santana anunciaram medidas cautelares para os cursos de medicina que forem mal avaliados no novo Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed), lançado em abril, e que terá a primeira prova no dia 19 de outubro. Segundo as pastas, foram inscritos 96.635 estudantes do 6º ano e recém-formados.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense      

Foto: Rosana Hessel/DA Press

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