Foi deflagrada, na manhã desta quinta-feira (09/02), a Operação Imprevidentes, a ação visa detectar irregularidades no âmbito do Iprev-DF, no chamamento para credenciamento de fundos de investimento e instituições financeiras.
A ação foi feita pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Delegacia de Repressão à Corrupção, vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Decor), e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por meio da Promotoria de Justiça de Defesa do patrimônio Público e Social (Prodep).
Segundo a PCDF, em meio às diligências, surgiram suspeitas de diversas irregularidades praticadas por gestores do instituto na gestão de ativos financeiros, desde o credenciamento até a destinação de recurso apontando favorecimento a uma empresa de investimento com sede em São Paulo (SP).
De acordo com apurado, há indicativo de incompatibilidade entre o padrão de vida e os vencimentos recebidos pelos agentes públicos investigados. E nesse sentido, foi verificado o recebimento de vultosas quantias em espécie, e por meio de boletos, pelos investigados e por familiares.
Os investigadores apontam que são fortes os indícios do envolvimento de um dos sócios da empresa de investimentos com os servidores públicos, corroborando a hipótese investigativa de que os gestores do instituto agiram em união de esforços para favorecer a destinação de recursos para os fundos de investimento representados pela empresa investigada, recebendo, como retribuição, vantagens indevidas pagas em espécie pelo responsável por ela.
Os suspeitos são investigados pela possível prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de bens, direitos e valores; e, caso condenados, podem pegar até 22 anos de prisão.
Participaram da ação desta quinta cerca de 50 policiais da Polícia Civil do Distrito Federal, contando com apoio operacional de policiais da Gerência de Inteligência da Polícia Civil do Piauí e da Divisão de Investigação de Crimes contra a Administração e Combate à Corrupção e Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores (DPPC) da Polícia Civil do Estado de São Paulo.
Por João Victor Rodrigues do Jornal de Brasília
Foto: Reprodução Jornal de Brasília