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O aplicativo de paquera que exclui fotos para dar chance até aos ‘feios’

Em uma sociedade cada vez mais imagética, pensar em um aplicativo de relacionamento...

Em uma sociedade cada vez mais imagética, pensar em um aplicativo de relacionamento sem fotos é quase impossível. No entanto, em busca do fim dos namoros baseados apenas na foto de perfil – muitas vezes repleta de filtros e retoques, Lygia Franklin co-fundou o 639 App, plataforma de relacionamentos sem imagens. Segundo ela explica, as conexões são feitas a partir do mapa astral dos usuários. Em conversa com a coluna GENTE, a astróloga afirma que o objetivo é acabar com a categorização do que é considerado “feio” na sociedade e investir em vínculos profundos de amor.

Muitos aplicativos de encontros são atrelados a pessoas “feias”, ou seja, apenas pessoas que não são consideradas “bonitas” usam. O que pensa desse estigma? Seria uma ideia redutiva, porque vivemos numa sociedade que tende a ser superficial, voltada para o prazer imediato, valorizando mais as aparências estereotipadas. O que é ser feia ou feio? Às vezes a gente já nem sabe mais do que gosta: tem que gostar daquilo que todos aprovam para se sentir aprovado também. Isso reduz a nossa capacidade de escolha, principalmente nas relações de afeto em que tantas coisas estão envolvidas. Conheci pessoas que, num primeiro momento pareciam feias para mim, e depois se revelaram interessantes, magnéticas, sensuais

De onde surgiu a ideia do aplicativo? Numa viagem para a Índia, a fundadora da Novo Humano, empresa cofundadora do 639, junto comigo e os astrólogos Sergio Seixas e Edson Drago, notou que lá ainda são feitos muitos casamentos escolhidos pelas famílias e que a única possibilidade de um casamento desses não acontecer é quando a sinastria astrológica entre os noivos não é considerada harmoniosa. Sinastria é a comparação entre mapas astrais para se verificar o grau de compatibilidade e sinergia que existe entre as pessoas. Daí surgiu a ideia: “se a sinastria pode impedir um casamento, por que não usar ela a favor de unir casais em potencial no mundo todo, a começar pelo Brasil?”.

Por que sem foto das pessoas? É justamente para sair do mundo das aparências e entrar no universo da “AparEssência”, como dizemos no 639, o que garante que a atração do primeiro encontro se dê pela conexão entre essências.

Não pode ser perigoso? Temos um time preparado para atuar com um sistema de denúncia disponível no app e fazemos a verificação para inibir essas questões. Não temos dados expressivos desse tipo de problema no aplicativo, então a plataforma é segura a partir da análise de dados. Recomendamos que cada pessoa viva a conexão no slow, ou seja, conheça a outra aos poucos, e antes de qualquer encontro, troque contatos de redes sociais, por exemplo, certifique-se de quem ela é e marque o primeiro date em um local seguro e público.

Há muita aderência? Focamos inicialmente na construção da plataforma e na experiência do usuário, pois esse é nosso propósito, mudar a forma como estamos acostumados a nos conectar e buscar por alguém, possibilitando conexões potentes entre as pessoas.

Por Mafê Firpo

Foto: Lygia Franklin/Reprodução / Reprodução Veja

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