Atividades físicas são importantes para todas as faixas etárias, incluindo crianças e adolescentes. Estudos recentes já mostraram que a prática de exercícios físicos, quando executados em intensidade leve ou moderada, é segura e benéfica para toda a população pediátrica.
Agora, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) lança um documento científico para tirar as dúvidas de pais e responsáveis sobre os impactos da prática de esportes e musculação à saúde das crianças e adolescentes. A publicação, elaborada pelo Departamento Científico de Endocrinologia da SBP, apresenta orientações específicas para a prática de atividade física pelo público infantojuvenil e seus benefícios e possíveis riscos.
Segundo o documento, as recomendações gerais de atividades físicas por faixa etária são:
- De 0 a 2 anos: crianças que conseguem andar sozinhas devem permanecer fisicamente ativas todos os dias, durante pelo menos 180 minutos, em atividades leves (ficar de pé, mover-se, rolar e brincar) e atividades mais energéticas (saltar, pular e correr). Recomenda-se que o tempo de tela (TV, tablet, celular, jogos eletrônicos) seja zero;
- De 3 a 5 anos: devem acumular pelo menos 180 minutos de atividade física de qualquer intensidade distribuída ao longo do dia. Brincadeiras ativas, andar de bicicleta, atividades na água, jogos de perseguir e jogos com bola são as melhores maneiras para essa faixa etária se movimentar;
- De 6 a 19 anos: devem acumular pelo menos 60 minutos diários de atividades físicas de intensidade moderada a vigorosa, aquelas que fazem a respiração acelerar e o coração bater mais rápido, tais como: pedalar, nadar, brincar em um playground, correr, saltar e outras que tenham, no mínimo, a intensidade de uma caminhada. Atividades de flexibilidade e de intensidade vigorosa, incluindo aquelas que são capazes de fortalecer músculos e ossos, devem ser realizadas pelo menos três dias por semana.
Musculação deve seguir programas graduais
Treinos de resistência, como a musculação, são recomendados pela SBP, mas devem ser feitos em programas graduais, ou seja, respeitando a limitação de cada criança e adolescente e fazendo evoluções aos poucos.
A musculação pode ser iniciada a partir dos oito anos de idade com pesos livres (e não máquinas fixas) de até 15 kg, por não mais que 30 minutos e por até três vezes na semana.
Os exercícios de força deverão ser feitos com supervisão individual e associados a exercícios aeróbicos, como corridas, esteira ergométrica ou bicicleta, também por períodos de 30 minutos.
O documento também ressalta que o treinamento de força ou de resistência não influencia negativamente no crescimento das crianças.
“De forma ampla, ao serem submetidos a exercício de resistência, meninos e meninas pré-adolescentes (com baixas concentrações de andrógenos) apresentam ganho de força muscular, sem hipertrofia muscular; ao passo que, após a puberdade há um aumento do crescimento muscular, por hipertrofia muscular real, mas sempre sem limitar o crescimento linear”, diz o texto.
Além disso, de acordo com a SBP, a contração muscular realizada durante a musculação promove um aumento da atividade na região óssea próxima aos músculos, levando ao aumento da mineralização óssea.
Exercício físico melhora a cognição de crianças e adolescentes
O documento da SBP também mostrou que o exercício físico melhora o suprimento de oxigênio e nutrientes para o cérebro, aumentando a circulação sanguínea do corpo. Isso estimula a maturação das áreas motoras do cérebro, influenciando no desenvolvimento motor e na velocidade de condução dos impulsos nervosos.
Segundo os especialistas, há evidências de que o treinamento físico apropriado, incluindo treino de resistência e levantamento de peso, pode aprimorar a cognição, o bem-estar psicológico, a autoestima e a tolerância à dor.
“Crianças em idade escolar que dedicam pelo menos uma hora por dia de atividade física com exercícios intensivos mostram um funcionamento cognitivo muito melhor. No entanto, apesar desses benefícios inquestionáveis, apenas cerca de um terço das crianças pratica esportes regularmente”, conclui a publicação.
Riscos estão associados à prática de forma inadequada
No documento, a SBP também faz alertas sobre os principais riscos dos esportes e das atividades físicas realizadas de forma inadequada, ou seja, em desacordo com a idade, com o desenvolvimento motor e com o estado de saúde. Entre eles, estão lesões como fraturas, tendinite, escoliose, osteocondrite, espondilose e osteocondroses, além de disfunção menstrual.
“Cargas pesadas de treinamento, principalmente quando combinadas com dietas alimentares de baixa energia e distúrbios alimentares, atrasam os marcos da puberdade. Em atletas de esportes que não exigem controle rigoroso de peso, não foi documentado um impacto negativo no crescimento ou no desenvolvimento puberal”, alerta.
A musculação pode ser iniciada a partir dos oito anos de idade com pesos livres (e não máquinas fixas) de até 15 kg, por não mais que 30 minutos e por até três vezes na semana.
Os exercícios de força deverão ser feitos com supervisão individual e associados a exercícios aeróbicos, como corridas, esteira ergométrica ou bicicleta, também por períodos de 30 minutos.
O documento também ressalta que o treinamento de força ou de resistência não influencia negativamente no crescimento das crianças.
“De forma ampla, ao serem submetidos a exercício de resistência, meninos e meninas pré-adolescentes (com baixas concentrações de andrógenos) apresentam ganho de força muscular, sem hipertrofia muscular; ao passo que, após a puberdade há um aumento do crescimento muscular, por hipertrofia muscular real, mas sempre sem limitar o crescimento linear”, diz o texto.
Além disso, de acordo com a SBP, a contração muscular realizada durante a musculação promove um aumento da atividade na região óssea próxima aos músculos, levando ao aumento da mineralização óssea.
Exercício físico melhora a cognição de crianças e adolescentes
O documento da SBP também mostrou que o exercício físico melhora o suprimento de oxigênio e nutrientes para o cérebro, aumentando a circulação sanguínea do corpo. Isso estimula a maturação das áreas motoras do cérebro, influenciando no desenvolvimento motor e na velocidade de condução dos impulsos nervosos.
Segundo os especialistas, há evidências de que o treinamento físico apropriado, incluindo treino de resistência e levantamento de peso, pode aprimorar a cognição, o bem-estar psicológico, a autoestima e a tolerância à dor.
“Crianças em idade escolar que dedicam pelo menos uma hora por dia de atividade física com exercícios intensivos mostram um funcionamento cognitivo muito melhor. No entanto, apesar desses benefícios inquestionáveis, apenas cerca de um terço das crianças pratica esportes regularmente”, conclui a publicação.
Riscos estão associados à prática de forma inadequada
No documento, a SBP também faz alertas sobre os principais riscos dos esportes e das atividades físicas realizadas de forma inadequada, ou seja, em desacordo com a idade, com o desenvolvimento motor e com o estado de saúde. Entre eles, estão lesões como fraturas, tendinite, escoliose, osteocondrite, espondilose e osteocondroses, além de disfunção menstrual.
“Cargas pesadas de treinamento, principalmente quando combinadas com dietas alimentares de baixa energia e distúrbios alimentares, atrasam os marcos da puberdade. Em atletas de esportes que não exigem controle rigoroso de peso, não foi documentado um impacto negativo no crescimento ou no desenvolvimento puberal”, alerta.
Por Revista Plano B
Fonte CNN Brasil
Foto: Bogdan Malizkiy/GettyImages