O ministro da Defesa, José Múcio, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não prestar depoimento como testemunha uma das ações penais sobre a tentativa de golpe de Estado. Ele foi indicado pela defesa do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, apontado como um dos “kids pretos” que daria apoio operacional na trama criminosa. A audiência está prevista para 22 de julho, às 9h.
Em petição encaminhada ao ministro Alexandre de Moraes, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), Múcio alegou que não vê razão para participar, pois “desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal”.
“O requerente informa que desconhece os fatos objeto de apreciação na presente ação penal, motivo pelo qual requer o indeferimento da sua oitiva na qualidade de testemunha”, diz a AGU.
O depoimento faz parte do núcleo 3 da ação penal, em que 10 viraram réus. Segundo a denúncia apresentada pela PGR, eles teriam sido responsáveis de planejar assassinato de autoridades e de pressionar Alto Comando do Exército para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Núcleo 3 do golpe
As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. O grupo 3 do golpe é formado por militares do Exército, da ativa e da reserva, além de um agente da PF.
Segundo a investigação, o plano foi batizado pelos golpistas de “punhal verde e amarelo” e aconteceria em 15 de dezembro de 2022, três dias após a diplomação da chapa Lula e Alckmin no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e também três dias depois dos ataques na sede da Polícia Federal, em Brasília.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press







