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sexta-feira, maio 9, 2025

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Morre motorista de app que foi baleado em oficina no Guará

Um motorista de transporte por aplicativo, de 35 anos, morreu ao levar um tiro em...

Um motorista de transporte por aplicativo, de 35 anos, morreu ao levar um tiro em uma oficina mecânica na QE 40 do Guará 2. O crime ocorreu em 21 de março e a vítima, identificada como Lucas Prado Ribeiro, ficou internada no hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu nesta quinta-feira (3/4). O suspeito dos disparos é André Luiz Rodrigues de Magalhães, filho do dono da oficina e CAC.

Luiz chegou a ser detido, passou por audiência de custódia, mas foi solto pela Justiça. Ao Correio, o pai de Lucas, Jorge Luiz do Prado, 65, detalhou a dinâmica do ocorrido e pediu Justiça pela morte do filho

Jorge contou que Lucas fazia o serviço de entregas de comida e, devido ao baixo fluxo, decidiu alugar um carro para trabalhar como motorista de transporte por aplicativo. O veículo foi alugado em uma empresa locatária, mas o automóvel apresentou problemas no motor logo nos primeiros dias. De acordo com o pai, na quinta-feira, antes de buscar o filho de 7 anos na escola, Lucas foi à QE 40 do Guará consertar o carro.


O rapaz passou na oficina de um amigo, que informou não conseguir arrumar o veículo naquele momento. Ele, então, procurou outro estabelecimento. Com base no depoimento de testemunhas, o pai de Lucas soube que o filho chegou ao local e pediu para que o eletricista André verificasse a falha. O autor informou que não havia qualquer problema. Lucas insistiu. André entrou novamente no veículo para fazer um teste e sentou no banco do passageiro. “Meu filho engatou a marcha ré e, sem querer, bateu em outro carro que estava na oficina e quebrou o retrovisor”, detalha Jorge.

Os disparos

Segundo as testemunhas, André desceu do carro xingando a vítima. Lucas e o autor entraram na oficina e continuaram com a discussão. Foi neste momento que André se dirigiu até uma sala, buscou uma arma e colocou na cintura. Depois, retornou para conversar com o motorista.

A discussão girava em torno da negação do serviço, pois André não queria fazer o conserto. Por outro lado, Lucas insistia. “Ele (André) disse que meu filho levou a mão por trás da cintura e ele imaginou que fosse tirar uma arma, mas meu filho estava com celular na mão. A defesa dele diz que o Lucas queria assaltar. Mas, além do meu filho não ter essa índole, onde que uma pessoa chega com um carro de R$ 100 mil para assaltar um veículo de R$ 10 mil? Isso não existe”, questionou o pai.

André efetuou disparo de arma no queixo da vítima, que atravessou o pescoço. Lucas só foi resgatado pelo socorro depois que os populares acionaram o Corpo de Bombeiros. O motorista permaneceu 15 dias internado e faleceu na quinta-feira, deixando o filho de 7 anos. A família decidiu doar os órgãos do rapaz. “Ele falava sobre isso e, aqui, quanto mais ajudarmos o próximo, melhor. Soube que seis pessoas já receberam os órgãos e isso nos alegra”, declarou o pai.

Os parentes clamam por Justiça e consideram que a prisão do autor deveria ser preventiva. André passou por custódia e ganhou a liberdade. O juiz justificou que o acusado não tem antecedentes criminais e tem endereço fixo. A reportagem tenta contato com a defesa dele

Por Darcianne Diogo do Correio Braziliense

Foto: Redes sociais / Reprodução Correio Braziliense

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