O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou, por meio de voto virtual, um pedido feito por Domingos Inácio Brazão, um dos suspeitos de ser mandante do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes. O denunciado solicitou acesso a todas as entrevistas da delação premiada de Ronie Lessa, assassino confesso da ex-vereadora do Rio de Janeiro e seu motorista.
Além dos autos da delação, Domingos solicita o acesso a outros documentos da investigação, sob a justificativa de que “de tais dados se poderá extrair informações sobre quais os elementos podem ter sido utilizados pelo assassino para tramar a versão apresentada em troca de benesses”. Moraes, no entanto, negou o pedido, já que ele “não apresentou qualquer argumento apto a desconstituir o entendimento da Decisão recorrida”.
Em decisão anterior, o ministro afirmou que o pedido tratava-se de “mero inconformismo com o desfecho do julgamento”. A votação segue em plenário virtual para manifestação dos ministros da Primeira Turma até o dia 29 de abril.
Domingos Brazão, preso desde março de 2024, é irmão do deputado federal Chiquinho Brazão, que também é acusado de ser um dos mandantes do crime. Atualmente, Chiquinho cumpre prisão domiciliar por questões de saúde, concedida no dia 11 de abril por Moraes.
Os dois foram denunciados pelo assassino confesso de Anderson e Marielle, Ronie Lessa, que apontou os irmãos Brazão como os mandantes, motivados por disputas de terreno no Rio de Janeiro.
Por Maiara Marinho do Correio Braziliense
Foto: Reprodução / Reprodução Correio Braziliense