O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, negou pedido para aumentar o prazo das alegações finais no julgamento da trama golpista, feito pela defesa do general Walter Braga Netto. A decisão se baseou no fato de que, em regra, o Supremo respeita o prazo processual de 15 dias em ações penais com réu preso.
Braga Netto foi preso preventivamente em dezembro de 2024 por suspeita de obstrução das investigações da trama golpista. Ele é acusado de tentar acessar a delação do tenente-coronel Mauro Cid, assim como, mais recentemente, foram acusados os ex-assessores de Jair Bolsonaro (PL-RJ), Fábio Wajngarten e Paulo Bueno.
O coronel Marcelo Costa Câmara, réu no núcleo 2, também foi preso preventivamente em junho deste ano após o seu advogado, Eduardo Kuntz, divulgar supostas conversas com Cid a respeito da delação entregue à Polícia Federal (PF).
Os réus do núcleo 1 são acusados de serem os mentores da tentativa de golpe de Estado. São eles: Jair Bolsonaro (ex-presidente), Walter Braga Netto (Casa Civil), Augusto Heleno (GSI), Alexandre Ramagem (Abin), Anderson Torres (Justiça), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator no caso.
Com a decisão de Moraes, fica mantido o prazo de 15 dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e as defesas dos réus apresentarem as alegações finais, prevista para o dia 12 de julho.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Isac Nóbrega/PR