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Moraes acusa ‘pseudo-patriotas’ de ações ‘covardes e traiçoeiras’ contra o Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes chamou de “covardes...

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes chamou de “covardes e traiçoeiras” as ações daqueles que tentam interferir na ação penal do golpe que tramita na Corte, em conluio com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Sem citar nomes, Moraes diz que brasileiros processados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) estão tendo “diversas condutas dolosas, condizentes com uma verdadeira organização criminosa que de forma jamais anteriormente vista em nosso país age de maneira covarde e traiçoeira com a finalidade de tentar submeter o funcionamento deste Supremo Tribunal Federal ao crivo de um estado estrangeiro”.

Moraes disse ainda que “pseudo-patriotas encontram-se foragidos e escondidos fora do território nacional”, em referência ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está atualmente nos Estados Unidos e já declarou publicamente que articula com Trump sanções contra o Brasil em troca da anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos.

O ministro repudiou a tarifa de 50% imposta pelos EUA aos produtos brasileiros. Disse que Eduardo, sem citá-lo diretamente, já assumiu nas redes sociais a autoria pela “intermediação com o governo estrangeiro para imposição de medidas econômicas contra o próprio país, tendo como consequência um grandioso prejuízo aos nossos empresários e a possibilidade de perda de milhares de empregos de brasileiros e brasileiras”.

Para Moraes, a pressão política e social que está sendo gerada contra o judiciário e o legislativo brasileiros tem como finalidade o favorecimento de interesses pessoas, além da tentativa de coagir a Corte no julgamento do golpe. “O modus operandi golpista é o mesmo”, declarou.

O ministro acredita que as medidas que têm sido adotadas pelos golpistas são nocivas ao Brasil e que há uma “insistência dessa organização criminosa na implementação” delas, com a finalidade de criar uma grave crise econômica no Brasil, “para que com isso haja uma pressão política e social contra os poderes Judiciário e Legislativo, com consequente interferência no andamento das ações penais que já se encontram em fase de alegações finais”, disse.

Lei Magnitsky

O ministro, que foi sancionado pela Lei Magnitsky esta semana, apenas a mencionou em ocasião do discurso em que citou os presidentes das duas Casas do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre e Hugo Motta, a respeito de recente fala feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro. 

“As recentes ameaças aos presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre, de aplicação de um possível mau futuro, a Lei Magnitsky, como a mim aplicada, caso eles não façam o que se exige, é o que essa organização miliciana exige”, disse o ministro.

Em entrevista a um programa no dia 25 de julho, Eduardo disse que a Lei Magnitsky poderia ser aplicada contra os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre, caso eles não votem a favor de uma anistia para os envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. “Ou a anistia será aprovada, ou todos os senhores acabarão tendo o mesmo destino de Alexandre de Moraes”, comentou o parlamentar na ocasião.

Por Revista Plano B

Fonte Correio Braziliense      

Foto: Antonio Augusto/STF

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