O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo das sanções da Lei Magnitsky, não tem bens, contas ou investimentos nos Estados Unidos. Nesta quarta-feira (30/7), o governo norte-americano anunciou a aplicação da sanção contra o magistrado, com medidas como o bloqueio de contas bancárias e de bens no país.
No comunicado, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que Moraes “assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”. Além disso, atribuiu ao magistrado a realização de “uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”.
“Há forte coordenação entre a família Bolsonaro e o ‘Trumpismo’, com ações nos campos diplomático, midiático e econômico para pressionar em favor da anistia de Jair Bolsonaro, tornando essa aliança um dos principais vetores de crise entre Brasil e Estados Unidos em 2025”, avalia Gustavo Menon, coordenador do curso de Relações Internacionais na Universidade Católica de Brasília.
Ainda neste mês, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou a revogação de vistos de ministros do Supremo, incluindo Moraes. A interlocutores, o ministro disse que não tem interesse em viajar para os EUA e que seu visto está vencido há dois anos.
A sanção acontece após Donald Trump anunciar taxação de 50% nos produtos brasileiros a partir de agosto. O Brasil tenta negociar, mas não tem retorno do governo norte-americano.
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF