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Junho Vermelho: Hemocentro alerta para estoques críticos e convoca doadores de sangue

Em um mês marcado por declarações de amor, um gesto simples pode salvar...

Em um mês marcado por declarações de amor, um gesto simples pode salvar vidas: doar sangue. O Junho Vermelho mobiliza doadores em todo o país e lembra que amar também é um ato de cuidado com o próximo. Em Brasília, a Fundação Hemocentro intensifica a campanha e convoca a população para reforçar os estoques, especialmente dos tipos sanguíneos negativos, que estão em nível crítico. Até o dia 30 deste mês, pessoas com os tipos O-, A-, B- ou AB- recebem senha preferencial e não precisam de agendamento.

 O calendário da saúde pública no Brasil é multicolorido, e este mês é dedicado à conscientização sobre a doação de sangue. A gerente de Captação de Doadores do Hemocentro, Kelly Barbi, explica que a campanha foi escolhida para este mês justamente por coincidir com o início do inverno, período em que há aumento de doenças respiratórias, como gripe e influenza, o que acarreta sintomas que tornam muitos doadores temporariamente inaptos. Como consequência, há uma redução significativa nos estoques dos hemocentros.

“O Junho Vermelho, portanto, vem para intensificar o fluxo de doadores e ajudar os hemocentros a manter os estoques em níveis adequados, para garantir que 100% da demanda transfusional dos hospitais seja atendida”, pontua Kelly. “A campanha também busca sensibilizar a população sobre a importância da doação regular de sangue, já que a necessidade é permanente.”

Limites

Kelly também ressalta que é fundamental que mais pessoas passem a doar: “É importante que aqueles que ainda não são doadores tenham a experiência de começar, que coloquem esse ato na agenda, como colocam uma ida ao supermercado ou à farmácia. Homens podem doar a cada dois meses, e mulheres, a cada três meses, respeitando o limite de quatro doações anuais para homens e três para mulheres”.

Sobre os critérios para doação, o principal requisito é estar se sentindo bem. Caso apresente sintomas como dor de cabeça, dor de garganta ou mal-estar, o ideal é aguardar até confirmar se se trata apenas de uma reação leve, como uma crise alérgica, ou uma doença respiratória. Também é necessário apresentar documento oficial com foto, pesar pelo menos 51 kg, estar bem-alimentado – preferencialmente, evitar alimentos gordurosos e derivados de leite -, além de manter boa hidratação, especialmente agora, com a chegada da seca.

Ato de amor

Entre os novos doadores mobilizados pela campanha está a assistente administrativo Verônica Góes, 44 anos, que decidiu doar sangue pela primeira vez. “A gente vê que há um déficit nos bancos de sangue, e eu senti que precisava fazer a minha parte”, relata. “Pode ser que hoje eu não esteja precisando, mas outra pessoa está, e no futuro, quem sabe, eu ou alguém próximo também possa precisar. Por isso achei importante estar aqui neste momento. Fiquei com um pouco de receio, confesso. Fiz umas leituras antes, pesquisei, mas a vontade veio de dentro pra fora. Então achei que era o momento certo de estar aqui”.

A servidora pública Maria Gabryella de Oliveira, 29, conta que doa sangue com regularidade e destaca a importância do gesto: “Eu gosto de doar pelo menos uma vez ao ano, porque a gente sabe da importância dessa atitude. Em muitos casos, as pessoas realmente precisam do sangue por uma questão de vida ou morte, então é fundamental a gente fazer esse ato de amor com uma certa frequência”.

Por sua vez, o servidor público Bruno Vidal, 39, já doou sangue de dez a 12 vezes. “É um ato supergeneroso da parte de todo mundo que vem doar”, avalia. “Eu, por exemplo, não tenho nenhuma habilidade médica, mas doar sangue é uma forma de ajudar quem está precisando. É uma forma de fazer a diferença”.

Como doar

O Hemocentro funciona de segunda a sábado, das 7h15 às 18h, sem intervalo. Os interessados podem agendar a doação pelo Agenda DF ou pela Central 160, opção 2. Mas há também a possibilidade de encaixe, pois cerca de 50% dos doadores agendados não comparecem, o que gera muitas vagas ociosas.

Por Revista Plano B

Fonte Agência Brasília

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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