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Joinville aposta em experiências rurais e culturais para atrair visitantes

No norte de Santa Catarina, a maior cidade do estado tem se reinventado...

No norte de Santa Catarina, a maior cidade do estado tem se reinventado fora da indústria. Conhecida como a “Cidade das Flores” e sede do único teatro da escola Bolshoi fora da Rússia, Joinville vem ampliando seus atrativos para quem busca mais do que um destino de negócios.

Nos últimos anos, a cidade passou a investir no turismo rural, explorando suas raízes germânicas e a paisagem de zona rural preservada. O movimento é estratégico: além de diversificar a economia, visa transformar o visitante corporativo em turista de final de semana. E por que não, de retorno.

Com propriedades abertas à visitação, roteiros gastronômicos e eventos culturais, Joinville quer mostrar que seu charme está tanto na área urbana quanto nas estradinhas de chão batido que levam a experiências autênticas. E tem dado certo: a procura por passeios rurais cresceu nos últimos anos, e o setor se organiza cada vez mais.

Joinville além dos negócios

A mudança de posicionamento de Joinville como destino turístico é visível. A cidade tem apostado em suas raízes e na diversidade de atrativos para se destacar no mapa do turismo nacional. Ainda pouco explorada em relação a outros destinos catarinenses na região, como Blumenau e Pomerode, Joinville agora quer o seu lugar entre os roteiros mais autênticos do sul do Brasil.

Com iniciativas públicas e privadas, como o Visite Joinville (convênio formado pela Secretaria de Cultura e Turismo e o Joinville & Região Convention & Visitors Bureau) e a ATERJ (Associação de Turismo Eco-Rural de Joinville) alinhadas, a cidade busca equilibrar o passado industrial com um presente mais conectado ao campo, à cultura e às novas formas de viajar.

Além das paisagens bucólicas e da arquitetura enxaimel que remete à colonização germânica, a cidade oferece uma agenda cultural vibrante, com festivais de dança, música, gastronomia e até eventos medievais.

Turismo rural

Joinville abriga um dos circuitos de turismo rural mais bem estruturados do Brasil, com mais de 40 propriedades integradas a ATERJ. Essas propriedades estão distribuídas pelas quatro principais rotas rurais da cidade –Estrada Bonita, Caminhos de Dona Francisca, Caminhos do Piraí e Estrada da Ilha —e oferecem experiências que vão do agroturismo à gastronomia típica, passando por hospedagens acolhedoras, trilhas ecológicas e atividades culturais e educacionais.

Na Estrada Bonita, o visitante encontra paisagens bucólicas, trilhas ecológicas, áreas para banho de rio (no verão, é claro) e espaços voltados à produção artesanal. É comum encontrar propriedades que oferecem passeios de trator, atividades com animais e degustação de produtos coloniais. A região também conta com hospedagens em estilo rural, ideais para quem busca tranquilidade e contato com a natureza.

Nos Caminhos de Dona Francisca, a diversidade de experiências é o grande atrativo. A rota, que atravessa a serra e conecta Joinville a Campo Alegre, inclui propriedades voltadas à agroecologia, cultivo de flores, trilhas na mata atlântica e vivências com animais. Algumas áreas oferecem atividades educativas, como oficinas de pintura, jardinagem e apicultura, além de espaços para piqueniques e eventos culturais.

Caminhos do Piraí é ideal para quem busca paisagens germânicas e banhos de rio. A arquitetura enxaimel pontua a paisagem, enquanto as propriedades oferecem trilhas leves, áreas de camping, pesque-pagues e atividades voltadas ao lazer em família. É uma rota que valoriza a simplicidade e o contato direto com a natureza.

Já a Estrada da Ilha, que conecta Joinville à Baía da Babitonga, é procurada por cicloturistas e observadores de aves, com mais de 485 espécies registradas na cidade. A região abriga propriedades com jardins interativos, trilhas ecológicas e espaços voltados à contemplação. O colorido das flores e a tranquilidade do campo tornam essa rota uma das mais encantadoras da cidade.

Flores e imersão na vida rural

Joinville também oferece experiências para quem busca contato com a cultura rural e paisagismo criativo. E dois lugares se destacam nesse cenário: o Rancho Alegre e o Parque Hemero.

Rancho Alegre é um parque rural pedagógico com mais de 30 mil m² de área verde, localizado na Estrada Piraí. O espaço, idealizado pelo casal Tarciso e Ana Uliano Jannig, proporciona uma imersão completa no universo da vida no campo, com mais de 20 espécies de animais domésticos e exóticos que podem ser visitados, alimentados e acariciados pelos visitantes.

A proposta é educativa e afetiva: crianças e adultos acompanham atividades como ordenha, mamadeira para filhotes e passeios de trembor, além de explorarem um mini museu rural que resgata objetos e histórias da vida agrícola. O parque também oferece áreas para piquenique entre jardins e pomares, trilhas leves e espaços lúdicos como tirolesa infantil, mini arvorismo, pista de “rolimã”, casa na árvore e parquinhos. É um ambiente ideal para famílias que desejam desacelerar e se reconectar com o ritmo da natureza.❯

O Rancho Alegre abre ao público aos sábados, domingos e feriados, das 14h às 17h. Os ingressos custam de R$ 45,00 (3 a 17 anos) e R$ 90,00 (18 à 59 anos). Recomenda-se comprar com antecedência pelo site.

Já o Parque Hemero, localizado na Estrada da Ilha, é um verdadeiro santuário botânico e artístico. Reconhecido como o maior produtor de hemerocallis d América Latina –flor também conhecida como lírio-de-um-dia– o parque reúne jardins temáticos que mudam com as estações, trilhas ecológicas em mata preservada, lagos ornamentais com carpas japonesas e uma capela construída com madeira de demolição e vitrais de artistas locais.

Os visitantes percorrem um circuito de cerca de 1 km entre seis jardins, cada um com propostas sensoriais e interativas, como o Jardim das Águas, o Jardim Interativo e o Jardim das Aventuras, onde brinquedos feitos com árvores caídas naturalmente convidam à exploração. O parque também abriga a Vila dos Insetos, um conjunto de casinhas que abriga espécies benéficas ao ecossistema, e os Campos de Cultivo, com mais de 80 variedades de hemerocallis distribuídas para o mundo todo.

Em julho o espaço se transforma com a floração dos girassóis, um espetáculo natural que transforma o Parque Hemero em um mar dourado de pétalas voltadas para o céu. Para este ano, mais de 18 mil mudas foram plantadas no Jardim do Sol e em outros setores do parque, com floração prevista entre 14 e 31 de julho.

Outra atração anual do parque é a floração dos hemerocallis, que varia conforme a espécie, mas costuma atingir seu auge entre outubro e dezembro, quando os tons vibrantes de laranja, rosa, amarelo e vermelho tomam conta dos canteiros.

O espaço promove ainda visitas guiadas, oficinas de jardinagem e experiências sensoriais que envolvem aroma, textura e cor. Tudo pensado para quem ama flores e quer entender mais sobre o cultivo sustentável.

Museus que não podem ficar de fora do roteiro

Joinville tem um circuito museológico que revela muito da história, da cultura e da identidade da cidade —e dois espaços se destacam como paradas obrigatórias: a Casa Krüger e o Museu Nacional de Imigração e Colonização.

Casa Krüger, localizada às margens da BR-101, é o ponto de partida da rota Caminhos de Dona Francisca e funciona como Central de Atendimento ao Turista. Tombada como patrimônio histórico e cultural, ela é uma construção típica da colonização alemã e abriga exposições que retratam o cotidiano dos imigrantes, com objetos, trajes e documentos que ajudam a entender como se deu a ocupação da região.

A história da Casa Krüger está intrinsecamente ligada à Estrada Dona Francisca, que era um importante eixo de ligação e desenvolvimento na região. Centenária, a construção com a técnica do enxaimel foi concluída em 1925, a partir de casa anterior, erguida no final do século 19.

Aos fins de semana, o galpão anexo recebe uma feirinha com produtos artesanais e orgânicos, e o espaço também serve de apoio para cicloturistas e associações locais ligadas ao turismo rural. É um lugar onde tradição e acolhimento se encontram, ideal para quem quer começar a explorar Joinville com profundidade.

Já o Museu Nacional de Imigração e Colonização, instalado em um casarão neoclássico construído pelo engenheiro francês Fréderic Bruestlein em 1870 e inspirado na burguesia parisiense, é um dos mais importantes do gênero no Brasil.

Tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) desde 1939, o museu preserva um acervo riquíssimo com móveis, utensílios, fotografias e documentos que retratam a vida dos imigrantes europeus, especialmente alemães, que chegaram à região no século 19.

O espaço inclui ainda uma casa enxaimel original, galpões com engenhos e carroções, e um bosque com trilhas e jardins. O casarão, conhecido como Maison de Joinville,  foi dado a Francois Ferdinad, o príncipe de Joinville, quando se casou com a princesa D. Francisca Carolina, filha de Dom Pedro I e irmã de Dom Pedro 2.  A visita é gratuita e acontece de terça a domingo, das 10h às 16h.

Cultura viva: dança, música erudita e identidade local

Em Joinville a cultura pulsa de forma genuína —e vai muito além dos estereótipos folclóricos. Tornando o município em um dos polos culturais mais singulares do Brasil.

Três instituições ajudam a sustentar essa reputação: a Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, o Instituto Internacional Juarez Machado e o Musicarium (projeto ambicioso de formação de músicos ). Juntas, elas formam um triângulo artístico que transforma a cidade em referência nacional em dança, artes visuais e música erudita.

Escola do Teatro Bolshoi

Escola do Teatro Bolshoi no Brasil é a única filial do lendário teatro russo fora da Rússia. Fundada em 2000, ela oferece formação técnica em dança clássica com excelência internacional, além de promover inclusão social por meio de bolsas integrais para todos os 240 alunos e benefícios como alimentação, transporte, uniformes, assistência médica e apoio pedagógico. A escola realiza audições em diversas cidades brasileiras e atrai jovens talentos de todo o país.

A seleção é rigorosa, atraindo jovens talentos de diversos estados brasileiros e até de outros países. Muitos alunos se mudam com suas famílias para Joinville ou são acolhidos por famílias locais, criando uma rede de apoio que vai além da sala de aula.

A formação dura oito anos e acontece no contraturno escolar, com uma grade que inclui dança clássica, dança folclórica, música, ginástica, teatro e história da arte. A escola também mantém a Companhia Jovem Bolshoi Brasil, que realiza apresentações regulares e atua como vitrine para os bailarinos formados, muitos dos quais seguem carreira em companhias nacionais e internacionais.

Seus espetáculos, como “O Lago dos Cisnes”, são apresentados em eventos como o Festival de Dança de Joinville (que este ano ocorre de 21 de julho a  2 de agosto) e encantam o público com qualidade profissional. Além das apresentações, a escola abre suas portas para visitas guiadas, permitindo que turistas conheçam os bastidores da formação artística e a rotina dos bailarinos. É uma experiência que encanta tanto quem já ama dança quanto quem está descobrindo esse universo pela primeira vez.

As visitas monitoradas acontecem de segunda a sexta-feira, sempre em dois horários: às 10h e às 14h30, exceto finais de semana e feriados. Durante o tour, os visitantes conhecem as salas de aula, os espaços de música, o núcleo de saúde, o ateliê onde são confeccionados os figurinos e ainda assistem a um vídeo institucional que apresenta a história e os bastidores da única filial do Bolshoi fora da Rússia.❯

Os ingressos podem ser adquiridos online pelo site Enjoy Ticket, com valores de R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada). Crianças de até 2 anos, guias de turismo e professores da rede pública de Santa Catarina têm entrada gratuita mediante comprovação. Para grupos ou dúvidas específicas, o contato pode ser feito pelo e-mail: escolabolshoi@escolabolshoi.com.br.

Instituto Internacional Juarez Machado

Instituto Internacional Juarez Machado é um espaço dedicado à arte contemporânea e à memória do artista que dá nome ao local. Inaugurado em 2014, o instituto ocupa a antiga casa da família Machado e dois pavilhões de exposição, reunindo mais de 3 mil obras entre pinturas, esculturas, gravuras e fotografias.

O acervo permanente é dedicado às obras do próprio Juarez, que tem mais de 60 anos de carreira e é reconhecido internacionalmente por seu estilo vibrante, marcado por cores intensas, figuras femininas e elementos como bicicletas —uma referência à identidade joinvilense. Além das exposições fixas, o instituto abriga mostras temporárias de artistas nacionais e internacionais, promovendo um intercâmbio cultural constante.

A estrutura é dividida em três áreas principais: a casa restaurada da família Machado, dois pavilhões de exposição e um jardim com esculturas e obras ao ar livre. Há também uma loja com produtos exclusivos, como gravuras, livros e vinhos com rótulos assinados pelo artista, além de um café charmoso que convida à contemplação.

O instituto realiza cursos, palestras, lançamentos literários e apresentações musicais, e seu setor educativo oferece visitas mediadas para escolas, grupos turísticos e interessados em arte. O espaço abre de terça a sábado, das 9h às 18h e a entrada tem custo simbólico de R$ 10 (inteira).  Quem chega de bicicleta tem acesso livre em qualquer dia — uma homenagem à cultura ciclística da cidade.

Juarez Machado, além de pintor, é cenógrafo, ilustrador e mímico, com passagens marcantes pela TV Globo e uma carreira consolidada em Paris, onde mantém seu principal ateliê. O instituto é, portanto, não apenas um espaço expositivo, mas um reflexo da trajetória multifacetada de um dos artistas mais importantes do país.

Musicarium

Musicarium é um dos projetos culturais mais inovadores e transformadores do país na atualidade. Fundado em 2017, o projeto sob batuta do maestro paulistano Sergio Ogawa tem como objetivo estabelecer uma Orquestra Filarmônica Profissional até 2030. O centro oferece bolsas integrais para jovens talentos, a maioria oriunda da rede pública, e aposta em uma educação musical humanista e de excelência.

A formação começa cedo: crianças a partir de 4 anos podem ingressar no programa de musicalização infantil, que trabalha percepção sonora, canto, flauta doce e instrumentos de percussão de forma lúdica. A partir dos 7 anos, os alunos entram no programa de formação musical, com aulas de violino, contrabaixo, flauta transversal, clarinete, fagote, trompa, trombone e percussão. O plano pedagógico é estruturado em ciclos de até nove anos, com três anos adicionais de preparação avançada para ingresso em cursos superiores no Brasil ou no exterior.

Além da formação técnica, o Musicarium realiza concertos gratuitos em espaços históricos e culturais de Joinville, como o Teatro Coree . As apresentações incluem orquestras kids e jovens, grupos de câmara, conjuntos de metais e percussão. Para este segundo semestre, a agenda inclui concertos também em Curitiba e São Paulo, ampliando o alcance nacional do projeto.

O futuro do Musicarium é ainda mais ambicioso: está em andamento o projeto de construção de uma sede própria na Cidade das Águas, com uma Academia de Música e um Concert Hall de padrão internacional. A estrutura terá capacidade para atender cerca de 500 estudantes e receber até 800 pessoas por apresentação, com projeções externas que permitirão que mais de 2 mil pessoas acompanhem os concertos gratuitamente.

A arquitetura é assinada por escritórios renomados, incluindo a japonesa Nagata Acoustics, responsável por salas como a Elbphilharmonie, em Hamburgo, e o Walt Disney Concert Hall, em Los Angeles.

É possível acompanhar aos ensaios gerais realizados ao sábados, que podem ser agendadas pelo (47) 3121-6724 ou e-mail: contato@musicarium.org.br.

A “praia” de Joinville

A vila de pescadores Vigorelli é um dos cantinhos mais singulares de Joinville –uma espécie de “praia urbana” às margens da Baía da Babitonga, onde o manguezal encontra a vida comunitária e o turismo de forma espontânea. Embora tecnicamente não seja uma praia oceânica, o local possui uma faixa de areia e águas calmas, próprias para banho, que atraem moradores e visitantes em busca de tranquilidade, pesca artesanal e paisagens naturais.

A região passou por uma transformação marcante em 2024, quando recebeu iluminação pública e rede elétrica pela primeira vez, após décadas de espera. Essa conquista trouxe mais segurança e qualidade de vida para cerca de 140 famílias que vivem ali, muitas delas ligadas à pesca e ao turismo local. Com a urbanização, a orla foi revitalizada, ganhou paisagismo, drenagem e pavimentação, além de melhorias na estrutura de acesso e mobilidade.

Vigorelli também é ponto de partida para passeios de caiaque e barco pela baía, além de integrar as rotas de cicloturismo da cidade. Aos fins de semana, especialmente no verão, o movimento aumenta com visitantes que chegam de bicicleta, carro ou atravessam de balsa até a Vila da Glória, em São Francisco do Sul. A observação de aves é outro atrativo, com destaque para os guarás —–aves de plumagem vermelha intensa que sobrevoam os manguezais e encantam quem passa por ali.

A pequena vila conta uma dezena de bares e restaurantes que abrem aos finais de semana. No cardápio, peixes e frutos do mar frescos. O local não é indicado para banhos.

Cachaça e cerveja

Explorar Joinville também é mergulhar nos sabores e tradições locais. Dois lugares oferecem experiências imperdíveis para quem aprecia bebidas artesanais: a cachaçaria Max Moppi e a cervejaria Opa Bier.

Na cachaçaria Max Moppi, localizada na rota Caminhos de Dona Francisca, o visitante pode conhecer de perto o processo de produção da cachaça, desde os métodos tradicionais com moendas de boi até as técnicas modernas que mantêm viva uma história de mais de 125 anos.

A visita inclui explicações sobre os ingredientes, os tipos de envelhecimento e, claro, uma degustação de cachaças e licores que revelam o sabor da região. O ambiente rural e acolhedor torna a experiência ainda mais autêntica.

Já na cervejaria Opa Bier, a proposta é conhecer a maior fábrica da região em um tour guiado ocorre aos finais de semana e percorre os mais de 12 mil m² da linha de produção. O passeio começa com um vídeo sobre a tradição cervejeira de Joinville, que remonta a 1852, e segue por áreas como brassagem, fermentação e envase.

O roteiro tem duração de aproximadamente 1 hora e 30 minutos e o passeio dentro da linha de produção é audioguiado. O ponto alto é a degustação de cervejas direto dos tanques, incluindo   um chopp fresquinho tirado de um reservatório de 20 mil litros.

Os visitantes recebem uma caneca exclusiva, certificado de Guardião da Tradição Cervejeira e um cartão com crédito de R$ 10,00 para aproveitar os bares da marca pela cidade.. O ingresso custa R$ 40,00 (acesse aqui para comprar).

*O jornalista viajou a convite do Visite Joinville e do  JoinvilleCVB

Por Revista Plano B

Fonte Catraca Livre

Foto: Márcio Diniz/Catraca Livre

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