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Incêndios florestais quase quadruplicaram em 2024, no Distrito Federal

De janeiro a junho deste ano, mais de 4 mil ocorrências foram registradas,...

As ocorrências de incêndio à vegetação no Distrito Federal quase quadruplicaram em 2024. De janeiro a junho deste ano, o Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) atendeu a 4.605 chamados do tipo, sendo que cerca de 3.600 hectares foram atingidos. No mesmo período de 2023, foram registradas 1.304 ocorrências, ou seja, um aumento de mais de 250% no número de incêndios. Nas unidades de conservação e parques administrados pelo Instituto Brasília Ambiental (Ibram), ocorreram 121 incêndios, resultando em 336 hectares queimados somente neste ano.

Só no fim de semana, foram 74 ocorrências de incêndios florestais no DF, de acordo com o Corpo de Bombeiros: 35 ontem, totalizando uma área de 953 mil metros quadrados queimada; e 39 no sábado, atingindo 913 mil metros quadrados.

Segundo João Rafael, capitão do grupamento de proteção ambiental do CBMDF, os registros são altos em comparação ao ano passado, mas seguem a média histórica, se comparados aos demais anos anteriores. “No ano passado, a gente apresentou uma menor quantidade de ocorrências em comparação aos outros anos. Em 2022, nós tivemos cerca de 10 mil ocorrências, ao longo de todo o ano, e em 2023, 5 mil”, explica.  

O capitão lembra que houve chuvas em junho do ano passado, o que contribuiu para que os números de incêndios fossem menores. “Nós estamos esperando que neste ano haja, sim, um número alto de ocorrências. Aparentemente, esta seca será mais forte, então a nossa expectativa é de que seja um ano de dificuldades, não devido ao nosso material ou preparo, mas às condições climáticas mesmo.” 

Prevenção

Apesar das altas temperaturas e do clima seco do DF propiciarem as queimadas,  a ação humana é responsável por 90% dos incêndios florestais. As principais causas são queimas de plantios, pastagens e de lixo; atos de vandalismo; fogueiras; e acidental. A Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (Sema) alerta que a população desempenha um papel crucial no combate ao fogo, sendo assim, é indispensável adotar práticas e comportamentos preventivos.

Segundo a pasta, a realização de queimadas deve ser evitada em períodos de seca, pois elas podem facilmente sair de controle e causar grandes incêndios. Moradores de áreas rurais devem ser instruídos sobre a confecção e uso de abafadores, ferramentas essenciais no primeiro combate ao fogo. A vigilância ativa também é apontada como medida importante, uma vez que os cidadãos devem estar atentos a qualquer sinal de fumaça ou fogo, para reportar imediatamente ao Corpo de Bombeiros.

Por Letícia Guedes do Correio Braziliense

Foto: Minervino Júnior/CB / Reprodução Correio Braziliense

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