O Instituto dos Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos divulgou, nesta terça-feira (4/11), uma pesquisa com líderes de tecnologia do Brasil que aponta que a IA agêntica deve chegar ao mercado de consumo em massa em 2026. Segundo o estudo, a adoção dessa tecnologia está em crescimento, e 96% dos profissionais de tecnologia no mundo acreditam que a inovação, a exploração e a implementação da IA agêntica continuarão avançando em ritmo acelerado no próximo ano.
Espera-se que a IA agêntica — diferente da tradicional, que responde principalmente a comandos ou analisa dados, pois pode definir metas, planejar e executar tarefas com mínima intervenção humana — seja usada como assistente inteligente em atividades do dia a dia, como personal shopper, organizador de agenda, gerente de privacidade de dados e monitor de saúde.
Segundo o estudo, os brasileiros entrevistados acreditam que os setores que sofrerão maior transformação impulsionada pela IA são: Desenvolvimento de Software (60%); Bancos e Serviços Financeiros (48%); Mídia e Entretenimento (48%); Saúde (28%) e Educação (28%).
O levantamento aponta que os setores de tecnologia que deverão ser mais impactados pela Inteligência Artificial são: Robótica (56%), Veículos Autônomos (38%) e Realidade Estendida (XR) — incluindo Realidade Aumentada, Virtual e Mista (RA, RV, RM) — (38%).
Mais da metade dos participantes acredita que a IA será usada para identificar vulnerabilidades de segurança cibernética em tempo real e prevenir ataques (56%), além de auxiliar ou acelerar o desenvolvimento de software (52%).
Entre os líderes brasileiros, 64% acreditam que a inovação, exploração e adoção da IA agêntica continuarão em ritmo acelerado em 2026, enquanto 58% afirmam que o uso da tecnologia para analisar grandes volumes de dados também crescerá no próximo ano.
Entre os especialistas, 40% estimam que levará cinco ou mais anos para construir a infraestrutura global de data centers necessária para atender à demanda crescente por IA, e 46% indicam que esse prazo será de três a quatro anos.
Os entrevistados destacaram as três principais habilidades que buscam em candidatos para funções relacionadas à IA: análise de dados (58%), práticas éticas de IA (54%) e modelagem de dados, incluindo processamento (32%).
No entanto, o avanço da IA agêntica não se restringe ao mundo dos negócios. A pesquisa indica que, em 2026, a adoção em massa ou quase em massa pelos consumidores ocorrerá para funções como assistente pessoal (52%), gerente de privacidade de dados (45%), monitor de saúde (41%), automatizador de tarefas do dia a dia — como compras de supermercado — (41%) e curador de notícias e informações (36%).
*Estagiário sob supervisão de Rafaela Gonçalves
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: ia







