O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), desembargador Alexandre Nery de Oliveira, determinou a suspensão da greve dos rodoviários na noite desse domingo (5/11), mas a Corte informou que não conseguiu intimar pessoalmente os representantes do Sindicato dos Rodoviários no Distrito Federal (Sittrater-DF).
“O tribunal tentou diversas vezes intimar o sindicato da decisão, mas não obteve sucesso”, comunicou. Diante do problema, o presidente do TRT-10 mandou uma oficial de Justiça pregar, na porta da sede do Sittrater-DF, a intimação judicial, na manhã desta segunda-feira (6/11).
O DF amanheceu sem ônibus, e a população que depende do transporte público para se deslocar enfrentou problemas desde as primeiras horas do dia.
Nesta tarde, o sindicato reúne os filiados para decidir o futuro do movimento. Eles reivindicam melhorias salariais.
Ao deferir liminar em que determina a suspensão da greve, o presidente do TRT-10 afirmou que a categoria “avançou em aparente abuso do direito” por não ter informado, em tempo hábil, aos usuários do transporte coletivo sobre a paralisação.
O magistrado estipulou multa de R$ 10 mil por hora no caso de descumprimento da decisão judicial, “sem prejuízo de eventual agravamento, em caso de recalcitrância [desobediência]”.
Transtornos
Os passageiros afetados pela greve de motoristas e cobradores de ônibus também se queixaram do preço dos aplicativos de transporte nesta segunda-feira (6/11).
Entre as 7h e as 8h30, muitos passageiros recorreram a esse serviço como alternativa e encontraram preços até 60% mais altos.
A assistente administrativa Núbia Ribeiro, 35 anos, tentou pedir um carro por aplicativo para o trabalho e disse que o valor estava aproximadamente R$ 20 mais caro que o normal.
“Tentei pedir um carro, mas a corrida estava R$ 50”, disse Núbia, que percorreria o trajeto entre Samambaia e o Setor de Indústrias Gráficas (SIG) — normalmente, cerca de R$ 30.
Por Isadora Teixeira do Metrópoles
Foto: Divulgação/TRT-10 / Reprodução Metrópoles