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sábado, maio 24, 2025

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Frota de ônibus do DF ganhará mais 200 veículos, anuncia secretário

Um estudo feito pelo Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (MDT) em...

Um estudo feito pelo Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (MDT) em 12 capitais do país e divulgado em abril destacou, entre outros aspectos, que o Distrito Federal utiliza 93,6% da frota diariamente, isto é, tem uma quantidade relativamente pequena de veículos reserva. Ao Correio, o secretário de Mobilidade, Zeno Gonçalves, anunciou que, até o fim de 2026, deve ampliar a frota, os corredores exclusivos e lançar um aplicativo que vai ajudar o usuário no planejamento do deslocamento diário. 

“Apresentaremos, até o fim de maio, um plano de investimento para reforçar a frota. Temos problema de superlotação em algumas regiões, como Itapoã, Paranoá, Santa Maria, entre outras. A previsão é que haja uma ampliação de pelo menos mais 200 veículos até o fim de 2026”, adiantou o secretário de Mobilidade. Desses, 100 chegarão este ano. A frota atual é de 2.967 ônibus. “Além disso, precisamos pelo menos dobrar o tamanho de faixas exclusivas. Até o fim deste ano DER vai concluir a faixa exclusiva nos dois sentidos na região norte”, completou. 

O estudo mostrou ainda que o DF tem a frota de ônibus mais nova entre as 12 capitais analisadas. “O DF está à frente de outras capitais em vários aspectos. A frota do DF  hoje tem a idade média de 2,16 anos. Das 12 capitais, é a mais nova. Em São Paulo, a idade varia entre 4,6 a 5,7. Curitiba, referência em transporte, tem frota com idade média de quase 9 anos. Em Goiânia, a frota tem mais de 12 anos e em Fortaleza mais de 7 anos”, detalhou o secretário-executivo do MDT, Wesley Nogueira.

Outro quesito apontado como positivo pelo estudo é que o sistema transporta mais de 1,1 milhão de pessoas por dia e mantém, desde janeiro de 2020, as tarifas públicas congeladas em R$ 2,70, R$ 3,80 e R$ 5,50, a depender do tipo de linha. Essa estabilidade só é possível graças a um modelo sólido de financiamento: em 2024, o GDF destinou R$ 1,7 bilhão em subsídios, o equivalente a 74,58% de todo o custo do sistema. Em março, foi instituído o programa Vai de Graça, que dá gratuidade aos usuários aos domingos e feriados.

Desafios

Uma crítica de muitas pessoas é a acessibilidade dos veículos, como apontado pela autônoma Leia Neres, de 39 anos. Moradora de Ceilândia, frequentemente, ela leva a filha Giovana, 8, que tem paralisia cerebral e usa cadeira de rodas, para consultas. “^Há muitos ônibus sem estrutura de cinto de segurança, ou até de rampa. Muitos até têm, mas não funcionam adequadamente”, conta, acrescentando que quando o elevador estraga, é obrigada a esperar outro coletivo. 

O estudante de psicologia Gustavo Fernandes, 23, avalia que há necessidade de melhora na pontualidade das linhas.  “Tem alguns ônibus que acho que vão chegar em um horário e chegam em outro completamente diferente, ou bem antes ou bem depois. Eu sinto que esse é um aspecto que ainda precisa de muito mais cuidado”, disse.

Sobre acessibilidade, o secretário Zeno Gonçalves destacou que as empresas são orientadas a testarem os elevadores regularmente, mesmo que não sejam utilizados sempre. “Temos sido rigorosos quanto ao funcionamento dos elevadores, 100% dos ônibus estão equipados com eles, mas não são todos que utilizam o tempo todo. A orientação é que o veículo seja lacrado se o elevador não estiver funcionando. O usuário deve reportar o problema imediatamente”, ressaltou. O chefe da pasta informou ainda que está em fase de testes um aplicativo que ajudará o usuário na integração e no planejamento das viagens diárias.

Por Mila Ferreira e Bruna Pauxis do Correio Braziliense

Foto: Semob/Divulgação / Reprodução Correio Braziliense

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