quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
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Insatisfação na caserna com o ajuste fiscal

Lula recebe no Alvorada o ministro da Defesa e os três comandantes militares para ouvir queixas sobre pacote de corte de gastos. A idade mínima de 55 anos para deixar a ativa é um dos pontos mais criticados

Formação integral é apontada como solução por especialista

Em debate, Juliana Nunes, da SEEDF, enfatizou a urgência de promover o pensamento crítico e a autonomia nas crianças, citando modelos inovadores como a Escola da Ponte, em Portugal

Dentre as discussões pontuadas no auditório do Correio Braziliense, na tarde desta terça-feira (12), no evento do CB Talks “O futuro da educação e a busca pela formação completa do indivíduo”, sequência do projeto “Escolha a Escola do Seu Filho”, destacou-se a necessidade de uma formação integral, que inclua aspectos sociais, emocionais e culturais da infância.

Para Juliana Nunes, supervisora escolar da SEEDF, a reflexão sobre o papel da escola é crucial, uma vez que o foco excessivo em conteúdos tradicionais, como matemática e português, pode obscurecer a importância de uma educação que valorize a diversidade e a justiça social. “Deve-se promover o pensamento crítico e a autonomia das crianças, permitindo que elas questionem sua realidade”, pontua. ”Muitas vezes, adultos tendem a ver as crianças como seres passivos, que precisam apenas receber informações, sem reconhecer que elas são ativas construtoras de conhecimento”, completa.

Ela também questionou se as escolas estão realmente preparadas para oferecer um ambiente inovador, uma vez que existem obstáculos, como a resistência de educadores e gestores à mudança, infraestrutura inadequada com acesso à internet de qualidade, além da falta de metodologias inovadoras dos próprios professores.

A Escola da Ponte, em Portugal, foi pontuada como um modelo educacional a ser adotado no futuro. Fundado por José Pacheco em 1976, não é dividida em salas de aulas tradicionais, e a avaliação é contínua e focada no progresso individual. O DF tem se adaptado, com a Comunidade de Aprendizagem do Paranoá por exemplo, que implementa uma abordagem semelhante, focando em projetos e sem provas formais.

*Estagiária sob supervisão de Márcia Machado

 

Por Fernanda Cavalcante do Correio Braziliense

Foto: Minervino Junior/CB/D.A Press / Reprodução Correio Braziliense

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