Andando pelas ruas do Distrito Federal, sequer parece que o quadradinho está longe das primeiras divisões do futebol nacional há mais de uma década. As camisas dos times locais se tornaram figurino comum dos torcedores no dia a dia, especialmente as de Ceilândia e Capital, candidatos ao acesso na Série D e do Campeonato Brasileiro e engajados na popularização das cores dos clubes do Planalto Central. No embalo de quem veste o uniforme, Gato Preto e Coruja começam, neste sábado (7/6), o segundo turno da competição, em busca de encaminhar a vaga à segunda fase do torneio.
Vice-líder do grupo A5, com 14 pontos, dois atrás da Aparecidense, o Ceilândia soma 4 mil camisas nas ruas em 2025. O compromisso contra o Porto Velho, às 16h, no Abadião, será uma nova oportunidade para a torcida adquirir o manto alvinegro, principalmente em razão das promoções organizadas. Hoje, o torcedor que comprar duas caixas de cerveja do patrocinador do alvinegro, o Atacadão Dia a Dia, ganhará um ingresso e uma camisa do time. Apenas clientes do Clube DD podem participar, com limite de um benefício por CPF.
“A ideia é popularizar o Ceilândia, a imagem, a marca e a camisa. Começamos a pensar em estratégias, tivemos a promoção de comprar ingresso e ganhar camisa, agora temos a da cerveja e no Dia dos Namorados teremos outra. Finalizamos um acordo com outro parceiro e assim vamos colocando nossa camisa no público”, explica o presidente do Ceilândia, Ari de Almeida, ao Correio.
“Queremos ultrapassar as 5 mil camisas na rua neste ano, e vamos alcançar essa meta. Se você andar no centro de Ceilândia, vai ver a camisa do time, mesmo sendo um lugar grande e com muita gente. Não temos a intenção de lucrar com a camisa, mas também vendemos quase mil oficiais na loja do clube”, acrescenta.
O Capital visita o Goiânia no Estádio Olímpico, às 16h. Apesar de ser um dos caçulas do futebol local, a camisa tricolor começou a virar febre, principalmente no Paranoá e nos arredores do estádio JK. A tática foi fazer combos com ingresso e camiseta, aproveitando a primeira temporada disputando campeonatos nacionais.
“A proposta surgiu para termos nossa casa cheia na Copa do Brasil. Tentamos buscar uma padronização do torcedor para tornar o JK um caldeirão. Deu certo e conseguimos fazer isso no primeiro jogo (Portuguesa-RJ), com cinco mil camisas, e no segundo (Porto Velho) também foi quase o mesmo número. Fizemos novamente na reta final antes do jogo contra o Botafogo, e foram mais de dois mil uniformes”, relata o presidente do Capital, Godofredo Gonçalves.
Abrindo a segunda metade da primeira fase, o duelo entre Ceilândia e Porto Velho vale a liderança do Grupo A5. Na semana passada, o Gato Preto bateu o adversário por 2 x 0. O Capital mira entrar na zona de classificação, mas precisa muito mais do que o empate sem gols no duelo pela rodada anterior contra o Goiânia.
*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini
Por Revista Plano B
Fonte Correio Braziliense
Foto: Renan Pariz/Ceilândia e Ueslei Costa