Entre o fim de 2022 e novembro de 2024, o Mais Médicos, que visa fortalecer a atenção primária à saúde, cresceu 145% no Distrito Federal. A quantidade de profissionais ativos no programa do Governo Federal saltou de 68 para 167, atendendo cerca de 501 mil habitantes na região. Ainda há 6 vagas de médicos em processo de ocupação.
Na divisão por gênero, há 110 profissionais de saúde do sexo feminino e 57 do masculino atuando no DF. A faixa etária com maior número de médicos ativos no programa é de 30 a 34 anos, com 50. Na sequência, há 31 profissionais entre 35 e 39 anos e 26 entre 25 e 29 anos. No recorte por raça, a maioria (87 profissionais) se identifica como branca. Na sequência, há 74 identificados como pretos/pardos e 5 como amarelos.
Segundo Jerzey Timóteo, secretário-adjunto de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, o Mais Médicos é um meio potente e importante para viabilizar e fortalecer a Estratégia de Saúde da Família. “O Mais Médicos não se encerra em si mesmo”, disse.
Âmbito nacional
Em 2023, o Mais Médicos foi retomado com o conceito de levar profissionais aos municípios distantes dos grandes centros e periferias das cidades. O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre municípios com maior vulnerabilidade social, onde estão 60% dos profissionais.
No Brasil, o programa teve um crescimento de mais de 100% entre o fim de dezembro de 2022 e novembro de 2024. Eram 12,8 mil no final da gestão anterior e são 26,7 mil atualmente. Um efetivo que atende mais de 68 milhões de habitantes. Só em 2024, 6.729 novos profissionais entraram em atividade em mais de 2 mil municípios. O número representa mais de 25% do total de médicos ativos, que atuam em 4.412 cidades e 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis).
Os resultados nos últimos dois anos foram discutidos no Encontro Nacional das Referências do Programa Mais Médicos, no início de dezembro. O intuito foi, além de dar visibilidade às ações desenvolvidas, mostrar o papel importante que as referências regionalizadas têm para o sucesso do programa.
Pela primeira vez na história do programa, foi lançado um edital de chamamento com cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas. Outro destaque foi a concessão de curso e bolsa-formação de medicina de família e comunidade de R$ 4.000 a 2.700 residentes de medicina de família e comunidade (MFC). Essa formação prepara o futuro médico de família e comunidade para que ele transmita o conhecimento a novos profissionais em formação, para ampliar a capacidade do país de criar novos programas de residência médica em MFC.
Com informações do governo federal.
Por Letícia Mouhamad do Correio Braziliense
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Reprodução Correio Braziliense