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Crianças participam de audições para a Escola de Formação de Bailarinos de Brasília

Mais de 200 crianças, de 9 a 13 anos, participam nesta sexta-feira (18)...

Mais de 200 crianças, de 9 a 13 anos, participam nesta sexta-feira (18) e sábado (19) de audições para a Escola de Formação de Bailarinos de Brasília, que conta com apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec). Ao todo, foram 245 inscritos que disputam 90 vagas no curso gratuito, a ser ministrado a partir de segunda-feira (21), no Centro de Dança do DF e em Planaltina.

“A Escola de Formação de Bailarinos de Brasília é um projeto incrível, que leva cultura, inclusão e o desenvolvimento artístico para as crianças e adolescentes da nossa cidade. Uma iniciativa que valoriza a dança como política pública, que transforma vidas e abre as portas para o futuro”, destacou a vice-governadora Celina Leão.

“O balé, por muitos anos, foi considerado uma arte de elite, como se fosse exclusiva para pessoas com muito acesso a recursos. E nós entendemos que o balé é uma arte que precisa ser popularizada. Precisa se capilarizar para todas as RAs [regiões administrativas], para todas as classes sociais. Esse projeto representa exatamente isso. Reconhecendo a vocação do Centro de Dança para ser um hub da dança no Distrito Federal, nós entendemos que o balé vai ser democratizado por meio desse tipo de iniciativa”, emendou o subsecretário do Patrimônio Cultural do DF, Felipe Ramón.

Os selecionados participarão de um curso com cinco meses de duração, até dezembro. As aulas serão no contraturno escolar, de segunda a sexta-feira. Serão três turmas, com alunos divididos por faixa etária e ano de formação. “Eles terão aulas teórica e prática. Dependendo do ano, tem aula de musicalização, de história da dança, preparação física, tem balé clássico, e as turmas mais avançadas têm jazz, danças urbanas e ponta”, detalhou o professor Luis Ruben Gonzalez, diretor artístico do Corpo de Baile.

O clima no primeiro dia da seletiva foi de muita expectativa. Tanto por parte das crianças quanto dos pais. “Estou muito feliz, porque é meu sonho ser bailarina, acho muito bonito, muito perfeito”, contou Marina Galeano, 12 anos. “Desde que ela tinha dois anos já colocava a roupinha de balé, sempre foi muito ligada à dança. Então, a expectativa é muito grande”, acrescentou a mãe, a brigadista Roseane Galeano, que ainda reforçou a importância de o projeto ser gratuito: “tem muitas crianças que não têm condições de pagar um curso de balé clássico. Tem na escola, mas não é a mesma coisa”.

Sofia Coelho, 12, também viu na iniciativa a chance de voltar aos tablados e de realizar o sonho de dançar em grandes palcos. “Eu fiz balé dos 5 aos 8 anos, mas parei na pandemia. Sempre sonhei [ser bailarina], mas sempre vi como um sonho muito distante. Só que agora eu estou vendo que é uma oportunidade para mim, de eu conseguir seguir meu sonho, de conseguir ter uma carreira profissional e até ir pra fora do Brasil em algumas grandes escolas”, celebrou. “O sonho dela é o meu sonho, a felicidade dela é a minha e estou aqui para apoiar ela em tudo que ela decidir”, disse, emocionada, a mãe, a dona de casa Rose Coelho.

Investimentos

Espaço onde ocorrem as audições e que receberá parte das turmas da Escola de Formação, o Centro de Dança do Distrito Federal acaba de passar por uma reforma. “Foi um trabalho muito intenso, revitalizando questões que precisavam de um olhar especial, de um carinho, por exemplo o piso da sala. É um piso flutuante específico, de madeira naval, para que a dança possa ocorrer sem intercorrências e sem nenhum risco de acidente”, explicou Felipe Ramón.

O trabalho faz parte de um esforço do Governo do Distrito Federal (GDF) para recuperar equipamentos culturais importantes para a capital. “Isso começou lá no Mab [Museu de Arte de Brasília], que estava há muito tempo fechado. E, desde então, nós reabrimos diversos espaços, o principal deles foi o Teatro Nacional, que após 11 anos fechado voltou a receber atividades, e as linguagens relacionadas ao balé têm espaço garantido no Teatro Nacional, nós já tivemos apresentações de balé clássico este ano lá”, apontou o subsecretário. “O Teatro, o Centro de Dança e os demais espaços culturais formam um ecossistema. Para que esse ecossistema se reproduza, cresça e atinja cada vez mais pessoas, eles precisam estar sempre em constante renovação. Foi o que a gente fez”, arrematou.

Por Revista Plano B

Fonte Agência Brasília

Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

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