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Conheça Xania Monet, 1ª cantora movida por IA a estrear na Billboard

A inteligência artificial está em todos os lugares — e as paradas musicais...

A inteligência artificial está em todos os lugares — e as paradas musicais não são exceção.

De acordo com a Billboard, uma cantora de IA chamada Xania Monet é “a primeira artista de IA conhecida a obter reproduções suficientes nas rádios para estrear em uma parada de rádio da Billboard”.

Até agora, Monet já apareceu em várias paradas da Billboard desde o lançamento de sua primeira música, no verão de 2025, incluindo a “Hot Gospel Songs” (com sua canção Let Go, Let God) e a Hot R&B Songs (com How Was I Supposed to Know), segundo a publicação. Agora, ela assinou um contrato multimilionário com a Hallwood Media, após o que a Billboard chamou de “uma guerra de ofertas”.

Hollywood há muito se preocupa com as consequências de artistas de IA tirando trabalho de humanos. (Vide a recente polêmica envolvendo a atriz de IA Tilly Norwood.) Mas, por mais intensas que sejam as preocupações, a IA continua a crescer nas artes.

Com mais de 146 mil seguidores apenas no Instagram, Monet é a prova de que os consumidores estão cada vez mais abertos à ideia — mesmo que a indústria esteja inquieta com isso.

O perfil de Monet na Apple Music explica que ela é “uma figura de IA apresentada como uma vocalista contemporânea de R&B no estilo altamente expressivo, de raízes na igreja e com os pés no chão de artistas como Keyshia Cole, K. Michelle e Muni Long”.

Monet foi criada por Telisha Nikki Jones, uma poeta do Mississippi que escreve as letras que Monet interpreta, com a ajuda do Suno, “um programa de criação musical com inteligência artificial generativa”, conforme explica a biografia.

Monet lançou um álbum completo chamado “Unfolded” em agosto, com 24 faixas. Em setembro, ela lançou um EP de sete músicas, “Pieces Left Behind”.

Um comunicado de imprensa do representante de Monet destacou o “som suave e cheio de alma” da cantora de IA e sua “interpretação de aparência humana”.
Mas Romel Murphy, que afirma ser o empresário de Monet e falou com Victor Blackwell, da CNN, garantiu que não há intenção de substituir cantores e compositores humanos. “A IA não substitui o artista. Esse não é nosso objetivo de forma alguma. Ela não diminui a criatividade nem tira o valor da experiência humana”, disse ele. “É uma nova fronteira, e como em qualquer mudança, algumas pessoas são receptivas e outras ficam apreensivas.”

A Billboard informou recentemente que “nos últimos meses, pelo menos seis artistas de IA ou assistidos por IA estrearam em diferentes paradas da Billboard”. “Esse número pode ser ainda maior, já que está se tornando cada vez mais difícil saber quem ou o que é movido por IA — e até que ponto”, disse a publicação. “Muitos desses projetos que entram nas paradas, cujas músicas abrangem todos os gêneros — do gospel ao rock e ao country — também surgem com origens anônimas ou misteriosas.”

Murphy parece não ver problema nisso e compara a situação à música de Michael Jackson e Prince, que morreram em 2009 e 2016, respectivamente. “Ambos têm catálogos musicais que continuam se expandindo até hoje. Os jovens ainda ouvem essas músicas, mesmo eles não estando mais entre nós — e continuam conectados à sua música”, disse Murphy. “Então é a música que importa, porque eles não têm a experiência do contato pessoal ou dos shows ao vivo, mas ainda amam as canções. A música também precisa evoluir. Só precisamos manter a integridade, ser intencionais quanto à autenticidade e levar a música ao mundo”, acrescentou.

CNN entrou em contato com o representante de Monet para comentar o assunto.

Por Revista Plano B

Fonte CNN Brasil

Foto: Reprodução/Instagram

Enquanto isso, músicos humanos estão — como era de se esperar — preocupados. “Existe uma artista de R&B feita por IA que acabou de assinar um contrato multimilionário… e essa pessoa não está fazendo absolutamente nenhum trabalho”, disse Kehlani sobre Monet, em um vídeo (já deletado) publicado no TikTok. “Isso está totalmente fora do nosso controle.”

A cantora humana acrescentou: “Nada e ninguém neste mundo jamais conseguirá justificar a IA para mim”.

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