Como parte das atividades do Agosto Lilás – mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher –, a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF), em parceria com a Associação de Moradores e Amigos de Águas Claras (Amaac) e o Instituto Bem IA, iniciará um ciclo de ações voltadas à prevenção e ao enfrentamento da violência de gênero, ao fortalecimento da autonomia feminina e à promoção do bem-estar emocional.
A mobilização, que será organizada neste mês, marca um passo inédito em Águas Claras: pela primeira vez, as iniciativas chegarão diretamente aos condomínios residenciais, com apoio dos síndicos e da comunidade local. Oficinas de empreendedorismo, bate-papos, apoio psicossocial e atividades voltadas à autoestima e à saúde emocional das mulheres estão entre as ações que serão oferecidas.
“A escolha de Águas Claras foi estratégica. É uma região com alto índice de subnotificação de violência doméstica. Sabemos que muitas mulheres não se sentem seguras para denunciar e não acessam os canais de apoio. Por isso, nossa proposta é levar a política pública até onde elas estão, dentro dos espaços onde vivem”, explica a secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani.
A ação começou a se desenhar no evento “É Direito Dela Ser Feliz”, realizado no dia 6 de julho, no Parque de Águas Claras, que reuniu mais de 3 mil pessoas. Agora, o foco é aprofundar essa presença com ações regulares nos condomínios e em espaços cedidos por parceiros, como auditórios de escolas particulares e shopping centers da região, além do 17º Batalhão de Polícia Militar (17º BPM).
A iniciativa vai além do enfrentamento à violência, trata-se também de reconstruir vidas e prevenir novos ciclos de abuso. O objetivo é promover o acesso à informação, oferecer apoio emocional, garantir o conhecimento dos direitos e incentivar a geração de renda, fortalecendo a autonomia das mulheres. Durante as atividades, serão distribuídos folders informativos sobre as políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres e os canais oficiais de denúncia.
Segundo a Subsecretaria de Apoio a Vítimas de Violência (Subav), da Sejus, a ideia é expandir o modelo para outras regiões administrativas do DF, especialmente aquelas com grande concentração de prédios e condomínios, como a Asa Norte, Asa Sul, Sudoeste, Noroeste, Samambaia e Ceilândia.
*Com informações da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF)
Por Revista Plano B
Fonte Agência Brasília
Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília