A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediu a Fifa, Uefa e Conmebol medidas enérgicas contra o racismo sofrido por alguns jogadores do Brasil, como o atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid.
A entidade enviou uma carta nesta semana às autoridades do futebol pedindo ações mais fortes e de conscientização para combater a discriminação racial, informou nesta sexta-feira a CBF à AFP.
O pedido acontece uma semana depois do caso em que um boneco apareceu pendurado em uma ponte da capital espanhola simulando o enforcamento de Vinícius Jr. antes do clássico entre Real Madrid e Atlético de Madrid pelas quartas de final da Copa do Rei.
“É primordial que o racismo seja combatido com firmeza. Casos como o que vem acontecendo com o Vinicius Junior e tantos outros atletas são inaceitáveis”, disse na quinta-feira o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, na abertura do Seminário do Tribunal do Futebol da Fifa, que acontece no Rio de Janeiro.
“Chegaram a um ponto que vai além do ataque à dignidade e já ameaça a integridade física das vítimas”, acrescentou o dirigente.
Rodrigues, o primeiro presidente negro da CBF, fez da luta antirracista uma das prioridades de sua gestão, que começou em março de 2022.
Ele se reuniu com o ministro da Justiça, Flávio Dino, em Brasília no último sábado para discutir sobre a luta contra o racismo no futebol e o caso de Vini Jr., segundo a CBF.
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Por Redação do Jornal de Brasília
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