O novo documentário da Netflix, “Caso Eloá: Refém ao Vivo”, estreou nesta quarta-feira (12) e já ocupa o primeiro lugar entre os filmes mais vistos da plataforma nesta semana.
A produção retrata o sequestro e assassinato de Eloá Cristina Pimentel, ocorrido em outubro de 2008, em Santo André, São Paulo.
Eloá tinha apenas 15 anos quando faleceu. Ela conheceu Lindemberg Fernandes Alves, de 19 anos, aos 12 anos. Na época do crime, ele invadiu o apartamento de sua ex-namorada, onde realizavam trabalhos escolares com colegas. Inicialmente, dois reféns foram liberados, restando no apartamento Eloá e Nayara.
Com entrevistas inéditas com autoridades, jornalistas e familiares envolvidos, o documentário busca contar a história da jovem e abordar a negligência da mídia, da polícia e da sociedade durante o caso.
Na época, toda a negociação entre o sequestrador e a polícia foi transmitida em tempo real por diversos canais de televisão, resultando em mais de 100 horas, quase cinco dias de cárcere. Quando finalmente o GATE (Grupo de Ações Táticas Especiais) e a Tropa de Choque da Polícia Militar de São Paulo invadiram o apartamento, alegando terem ouvido um disparo de arma de fogo no interior.
Através dos depoimentos, é possível identificar erros no socorro das vítimas e na invasão policial, além de críticas à cobertura da televisão. Muitos jornalistas interferiram diretamente nas negociações, com o objetivo de audiência, o que não é função da imprensa em casos de reféns.
Um exemplo citado é a jornalista Sônia Abrão, da RedeTV!, que entrevistou Lindemberg e Eloá ao vivo por telefone, chegando a bloquear a linha com o negociador da polícia, interferindo diretamente no desfecho da negociação.
Por Revista Plano B
Fonte CNN Brasil
Foto: Divulgação







