O mutirão de vacinação das escolas, que ocorreu entre os dias 11 e 25 de abril, atingiu recorde de adesão. Foi o que garantiu, ontem, o Ministério da Saúde, acrescentando que a campanha de imunização abrangeu 5.544 municípios e mais de 110 mil escolas. A pasta, porém, não divulgou dados sobre a quantidade de vacinas aplicadas em jovens e adolescentes.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a meta era imunizar ao menos 90% dos estudantes da rede pública com até 15 anos, um público estimado em cerca de 30 milhões de crianças e adolescentes. “Trouxemos dados de que batemos o recorde de adesão das escolas para a campanha de vacinação. Fechamos na última semana esse esforço inicial de concentração, mas vamos mantê-lo ao longo de todo este mês. Faremos um balanço no fim de maio, mas a receptividade tem sido muito positiva”, garantiu Padilha.
A ação nas escolas faz parte do Programa Saúde na Escola (PSE), uma colaboração entre os ministérios da Saúde e da Educação. O objetivo é envolver estudantes, pais, responsáveis e educadores na prevenção de doenças que podem ser evitadas pela vacinação.
A campanha segue o Calendário Nacional de Vacinação e os imunizantes oferecidos incluem febre amarela, tríplice viral e DTP (Tríplice Bacteriana) para crianças de oito meses a menores de cinco anos. Também está no rol de aplicações vacinas de febre amarela, tríplice viral, DTP, meningocócica ACWY e HPV para crianças e adolescentes de cinco a 14 anos.
Além da mobilização nas escolas, Padilha adiantou o retorno do “Dia D” nacional de vacinação contra a Influenza (gripe) e será em 10 de maio. O ministro ressaltou que a ação representa a retomada de mobilizações nacionais de vacinação que “tinham sido interrompidas no governo anterior”.
Redução de filas
Padilha ainda anunciou que o ministério elabora novo modelo de gestão para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta principal é a ampliação de parcerias com hospitais privados, operadoras de planos e estruturas da medicina suplementar.
Segundo o ministro, a estratégia prevê o aproveitamento da capacidade instalada, muitas vezes ociosa, dos hospitais e ambulatórios privados. A medida, conforme enfatizou, busca garantir o cumprimento de prazos legais, como o diagnóstico de câncer em até 30 dias e o início do tratamento em até 60 dias.
A integração com o setor privado, segundo Padilha, será “fundamental para enfrentar esse passivo de atendimentos médicos “com eficiência e agilidade”. “Queremos mudar essa realidade. Isso significa integrar mais esses profissionais e serviços ao atendimento público. O importante é garantir que o cidadão receba o cuidado de que precisa, no tempo certo e com qualidade”, salientou.
Por Francisco Artur de Lima do Correio Braziliense
Foto: Rafael Nascimento/MS / Reprodução Correio Braziliense